Senadores do Piauí dirão ao ministro da Justiça que o Estado não quer Fernandinho Beira-Mar
Os três representantes do Piauí no Senado Federal terão audiência com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na próxima segunda-feira (31), para pedir que o governo não faça a reforma na penitenciária federal de Demerval Lobão, município vizinho à capital piauiense, Teresina, para abrigar presos de alta periculosidade como Fernandinho Beira-Mar.
Ao anunciar o encontro nesta sexta-feira (28), em Plenário, o senador Alberto Silva (PMDB-PI) disse que levará ao ministro uma proposta alternativa de construção de um -Quadrilátero de Segurança Máxima-, como denominou, que seria constituído de quartéis do Exército e da Polícia Federal e áreas apropriadas para manter os delinqüentes em completo isolamento. O senador disse que o projeto, com capacidade para 500 detentos, envolveria quatro unidades da federação, mas não quis revelar os nomes dos estados.
Durante a audiência agendada, segundo Alberto Silva, pelo líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), ele e os outros dois senadores do Piauí, Mão Santa (PMDB-PI) e Heráclito Fortes (PFL-PI), irão solicitar ao titular da Justiça que transfira o dinheiro a ser empregado na reforma da penitenciária para finalizar as obras do pronto-socorro de Teresina e do hospital universitário, que -são muito mais importantes para a população do Estado-.
Alberto Silva fez um apelo ao governador do Piauí, Wellington Dias, que é do PT, para que desista da reforma da penitenciária. Assim, segundo o senador, o Ministério da Justiça não teria como manter a proposta de investir na obra. A proposta de um -Quadrilátero de Segurança Máxima- foi apoiada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que lamentou que a discussão sobre onde abrigar o criminoso esteja pautando o debate no Congresso, quando outros assuntos são muito mais relevantes.
Também em aparte, a senadora Iris de Araújo (PMDB-GO) deplorou que toda a mídia esteja ocupada dessa -nefasta figura- e pediu que seja mantido todo o rigor no isolamento do traficante. O problema, na sua avaliação, está muito mais relacionado à influência que o traficante poderá exercer do que o local onde permanecerá.
28/03/2003
Agência Senado
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