Senadores eleitos pelo DF não completaram o mandato



Os três últimos senadores eleitos para representar o Distrito Federal que tomaram posse - José Roberto Arruda e Lauro Campos, em 1994, e Luiz Estevão, em 1998 - não chegaram a completar o mandato.

José Roberto Arruda, que, em princípio, ocuparia uma cadeira no Senado até o próximo dia 31, renunciou ao mandato no dia 24 de maio de 2001, um dia após o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado ter aprovado relatório do senador Roberto Saturnino (PT-RJ) e solicitado à Mesa a abertura de processo de cassação contra Arruda e contra o senador Antonio Carlos Magalhães, por quebra de decoro parlamentar.

Arruda e Antonio Carlos foram acusados de envolvimento na violação do painel eletrônico do Senado para obtenção da lista com os votos dos senadores na votação secreta que cassou o mandato de Luiz Estevão.

Estevão teve seu mandato cassado, numa decisão inédita do Senado, no dia 28 de junho de 2000. O Plenário, por 52 votos favoráveis, 18 contrários e 10 abstenções, aprovou projeto de resolução do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que determinou a perda do mandato de Luiz Estevão.

Em sua defesa, o então senador negou denúncias de participação nas obras superfaturadas do Fórum Trabalhista de São Paulo e de pressões e ameaças a assessores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Judiciário. Ele apresentou versões contraditórias sobre suas relações com o empresário Fábio Monteiro de Barros, dono da Incal Incorporações, responsável pela obra.

Lauro Campos, único senador do DF na última legislatura que não foi atingido por denúncias de quebra de decoro parlamentar, morreu a 18 dias de completar seu mandato.



14/01/2003

Agência Senado


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