Senadores elogiam Estatuto do Idoso, mas alertam para o risco de que vire letra morta



Os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Almeida Lima (PDT-SE), Flávio Arns (PT-PR), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) alertaram para o risco de o Estatuto do Idoso, um projeto fundamental para o Brasil, virar letra morta e defenderam a sua implantação de fato. Para isso, frisaram, sociedade tem que cobrar de seus governos estaduais, de suas prefeituras e do governo federal a execução do que está previsto na proposta.

A senadora Heloísa Helena (PT-AL) também elogiou o estatuto, mas disse que a hora de cada parlamentar provar que se preocupa com os idosos é quando for votar a reforma da Previdência nesta quarta-feira (24), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O relator do projeto, senador Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ), disse que hoje em dia vive-se mais, mas perguntou: -Será que se vive melhor?- Ele disse acreditar que o Brasil, a partir do Estatuto do Idoso, irá atender melhor ao idoso nos setores de saúde e transporte e dar-lhe condições mais dignas de vida.

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), afirmou que as civilizações orientais e os ameríndios não rejeitam os mais velhos. -Ao contrário, aprendem com eles, valorizam-nos, respeitam e aproveitam a sabedoria deles-, acrescentou. Para ele, o Brasil só irá se respeitar quando respeitar seus velhos e seus jovens.

O líder do PFL, senador José Agripino (RN), destacou o fim da discriminação dos planos de saúde para com os mais velhos.

- Estamos aqui votando uma peça pragmática, uma lei para ser cumprida, que é fruto de um debate, de amadurecimento, de negociação - disse.

Já o senador Aloizio Mercadante (SP), líder do PT, observou que o Estatuto do Idoso é tão importante quanto o da Criança e do Adolescente, e que vai permitir que os três níveis de governo implantem políticas públicas para a população acima de 60 anos.

Para que a nova lei -pegue-, enfatizou o senador Hélio Costa (PMDB-MG), é preciso que toda a sociedade fiscalize o poder público.

- É importante que os nossos idosos tenham prioridade em hospitais, em repartições públicas, na Justiça, nos bancos, no atendimento em geral - acrescentou.

O senador Aelton Freitas (PL-MG) relatou que recebeu correspondência do amigo Divino da Silva, da cidade de Rio Pombas (MG), subscrita por 120 associações de idosos, pedindo empenho na aprovação do projeto. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) aproveitou para homenagear dona Risoleta Neves, viúva de Tancredo Neves, que morreu no fim de semana, em Minas Gerais.



23/09/2003

Agência Senado


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