SENADORES HOMENAGEIAM PORTUGUESES QUE ACOMPANHAVAM SESSÃO NAS GALERIAS



A Ordem do Dia foi interrompida nesta quinta-feira (dia 29), após a votação do primeiro item, para uma homenagem a cidadãos portugueses que ocupavam as galerias do plenário. A homenagem foi pedida pelo senador Bernardo Cabral (PFL-AM), que a iniciou.O senador lembrou ser filho de portugueses, sendo Sacadura Cabral, que empreendeu a travessia aérea do Atlântico, primo-irmão de sua mãe. Bernardo Cabral afirmou que não há filho de portugueses que não tenha orgulho de sua situação. O parlamentar destacou a importância de ele, de pais portugueses, ter chegado à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil e a ministro da Justiça.Bernardo Cabral lembrou a unidade da língua portuguesa de Norte a Sul do Brasil, fato ímpar na colonização. Coube também aos portugueses, afirmou Cabral, a reunião dos índios e dos negros que vieram da África.- Hoje já temos uma tal identidade que não se sabe onde começa o Brasil e termina Portugal - afirmou. O senador lamentou, porém, que falta a Constituição portuguesa dar aos brasileiros as mesmas prerrogativas que estes têm na Carta brasileira.O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) ressaltou ter sido premiado pelo destino ao casar-se com uma lusitana. Fez uma homenagem ao que chamou de "diáspora portuguesa", já que eles estão em todos os países do mundo. Para o senador, os 500 anos do descobrimento não são apenas um momento de comemoração, mas também propício à revisão da trajetória conjunta de Brasil e Portugal neste meio milênio.O parlamentar também destacou os "vultosos investimentos" que Portugal tem feito no Brasil.- Portugal faz parte da comunidade européia, mas não pode esquecer de sua vocação Atlântica - afirmou. GRATIDÃOAo final, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, afirmou que a Casa se associava aos oradores na homenagem.- Só o fato de terem escolhido Brasília (para visitarem) já é uma demonstração das ligações permanentes de Brasil e Portugal - afirmou Antonio Carlos.O presidente do Senado destacou a presença do deputado federal José Lourenço, que os ciceroneava. Lembrou que o deputado é da Bahia, seu estado, que tem "raízes profundas em Portugal", principalmente raízes culturais.- Mas o importante é que os senhores aqui devem estar se sentindo como eu me sinto em Portugal e nos países de língua portuguesa: em casa. Sintam-se em casa, sabendo que cada vez será melhor o sentimento de amizade entre portugueses e brasileiros - disse.Para Antonio Carlos, as palavras do senador Bernardo Cabral e do senador Lúcio Alcântara externam realmente o sentimento de todos os senadores. Ele lembrou a origem de seus avós, nascidos no norte de Portugal, para dizer:- De minha parte, sinto-me muito à vontade para traduzir, neste instante, em relação aos senhores, nossos sentimentos de profunda amizade e gratidão e a certeza de que nossos interesses comuns vão sempre estar juntos, que Brasil e Portugal não vão se separar nunca mais.

29/04/1999

Agência Senado


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