Senadores insistiram na saída de Renan em sessão plenária



A insistência dos senadores pela saída do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da Presidência do Senado foi o tema que marcou a sessão de terça-feira (9), quando Renanchegou para presidir a Mesa e solicitou tempo para um pronunciamento que fez na condição de senador, não de presidente. Ele foi à tribuna reiterar sua inocência em relação às representações apresentadas contra ele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Rebateu a última denúncia da revista Veja, que o acusou de designar um assessor do seu gabinete na Presidência, Francisco Escórcio, para espionar os senadores por Goiás Demóstenes Torres (DEM) e Marcone Perillo (PSDB). Com base nessa denúncia, os dois partidos entregaram à Mesa do Senado a quinta representação contra Renan, que ainda não foi encaminhada ao Conselho de Ética.

Ao se pronunciar em Plenário, Renan disse que queria "repudiar mais uma indignidade" a ele atribuída "de forma infame pelo mau jornalismo". Renan qualificou as denúncias como "ofensivas partidárias", negando sua culpa em todas.

Naquele dia repercutia negativamente no Congresso a destituição dos senadores do PMDB Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por decisão do líder do partido, senador Valdir Raupp (RO). A decisão de Raupp foi definida pela imprensa como uma possível articulação de Renan, uma vez que a CCJ tem a prerrogativa de examinar projetos de resolução determinando a cassação de mandatos elaborados pelo Conselho de Ética.

Na sessão plenária, os senadores do PT de São Paulo Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante e até a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), além do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) e do DEM, José Agripino (RN), e o senador Jefferson Péres (PDT-AM) sugeriram que Renan se afastasse para responder às denúncias. Ideli chegou a apelar pela governabilidade do país, lembrando que a pauta do Senado permaneceria trancada por acordo dos líderes e por forçade anunciada obstruçãoda oposição. Pediu ainda o afastamento imediato do assessor Francisco Escórcio.



11/10/2007

Agência Senado


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