Senadores lamentam ausência de Jader em sessão plenária



Senadores lamentaram a ausência do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), na sessão plenária desta terça-feira (dia 7), quando era esperado para apresentar cópias de seus extratos bancários. Em vez de entregar os dados pessoalmente, Jader preferiu encaminhar o documento relativo ao seu sigilo bancário ao presidente interino da Casa, Edison Lobão (PFL-MA).

Para o senador Paulo Hartung (PPS-ES), o fato de Jader não ter comparecido ao Senado "é ruim e aumenta a desconfiança, não só do Senado, mas da sociedade em relação ao caso" declarou, em alusão às denúncias de envolvimento do senador paraense em irregularidades no Banpará e na extinta Sudam. Quanto a uma possível renúncia à Presidência da Casa ou ao mandato, Hartung disse que essa é uma decisão pessoal de Jader, que não depende da instituição nem do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Opinião idêntica sobre a renúncia foi expressa pelo presidente em exercício do PMDB, senador Maguito Vilela (GO). Já o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL), assegurou que o senador paraense não vai renunciar ao cargo nem ao mandato. "Tanto Jader quanto o PMDB irão colaborar para que tudo se esclareça e a verdade apareça", declarou.

Enquanto Calheiros acredita que o afastamento de Jader deve acelerar a investigação do caso pelo Conselho de Ética, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) afirma que o presidente licenciado "tem a obrigação moral de prestar esclarecimentos aos seus pares". Na opinião do senador Jefferson Péres (PDT-AM), se Jader Barbalho comparecesse ao Senado para responder às irregularidade de que é suspeito, seria vítima de um constrangimento.

Ainda segundo o líder do PMDB no Senado, Jader estaria aguardando a conclusão dos trabalhos da comissão especial para prestar depoimento ao Conselho de Ética. O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) também entende que o presidente licenciado deve esperar o encerramento do processo de investigação para responder, em bloco, a todas as acusações a ele atribuídas. Suassuna admitiu que esse episódio constrange a todos os senadores, mas sustentou que o PMDB quer transparência e o esclarecimento de qualquer dúvida.

07/08/2001

Agência Senado


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