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O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM) disse que, ao ver Tião Viana lendo o documento em que Renan Calheiros se licencia do cargo, viu a possibilidade de o clima na Casa desanuviar-se. Arthur Virgilio reafirmou a confiança do PSDB na atuação do petista como lídere "homem de preparo político, que saberá conduzir o Senado Federal" e adiantou que ele poderá contar com o PSDB para a votação de matérias essenciais.

Arthur Virgílio salientou que o partido irá atuar com bom senso, "sem apagar incêndio com gasolina" e votará "com segurança" a prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira. Ressalvou, no entanto, que haverá embates em que o governo ora obterá vitórias e ora, derrotas, assim como a oposição.

O senador Jayme Campos (DEM-MT) manifestou a confiança do seu partido de que Tião Viana será capaz de restabelecer a credibilidade do Senado, após o período de turbulência vivido pela Casa. Heráclito Fortes (DEM-PI) comparou a situação de Tião Viana com a de José Sarney à época da doença de Tancredo Neves, quando teve que assumir a Presidência da República e soube se conduzir "com muita correção". Disse que não tem desconfianças de Tião Viana, mas sim de seu partido, porém manifestou a certeza de que o petista não iria decepcionar o país.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) lamentou que Renan Calheiros "não tenha poupado o Senado da humilhação a que foi submetido por cinco meses", por não ter tido o que chamou de "noção de timing". Fez um apelo para que durante os 45 dias de licença de Renan Calheiros o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprecie as representações contra o senador em análise naquele colegiado.

O senador Gerson Camata (PMDB-ES) assinalou que o êxito do Senado depende "do êxito da missão de Tião Viana" e elogiou a agilidade do presidente interino na elaboração da pauta de votações para os próximos dias, bem como da iniciativa da reunião-almoço com os líderes programada para esta terça-feira (16) que, na sua avaliação, deveria se tornar prática comum na Casa para acelerar a pauta das sessões de terças, quartas e quintas-feiras.

O senador José Sarney (PMDB-AP) manifestou sua confiança em Tião Viana, a quem chamou de "homem correto" e "senador atento". Assinalou também que o presidente interino costuma aprofundar o debate dos problemas e conduzirá o Senado "como grande nome, que tem o respeito de todos".

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu que as representações no Conselho de Ética sejam votadas até a primeira semana de novembro.

O senador Valter Pereira (PMDB-MS) disse que Tião Viana terá o desafio de "cicatrizar as feridas" que maltrataram a imagem do Senado Federal. Ele acrescentou que o período a seguir será grande produtividade e disse esperar que o presidente interino contribua para a pacificação da Casa.

Garibaldi Alves (PMDB-RN) assinalou que seja ou não um período de transição, será uma gestão profícua e disse confiar na "lucidez e tranqüilidade" de Tião Viana.

Mão Santa (PMDB-PI) lembrou que Tião Viana, como médico, ao diplomar-se leu o código de ética de Hipócrates, salientando que "ética é um componente de que o Senado e a democracia tanto precisam".

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