Senadores querem maior participação em programa aeroespacial



Alguns senadores querem que o Senado acompanhe de perto as investigações sobre o acidente na Base Aérea de Alcântara, outros pretendem defender mais recursos para o programa aeroespacial, e todos concordam com a idéia de que o Congresso quer e deverá participar mais ativamente das questões que envolvem o projeto. As manifestações foram feitas em reunião conjunta das Comissões de Educação (CE), Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e Fiscalização e Controle (CFC) nesta quinta-feira (4) com autoridades do governo para discutir a explosão no Centro Lançamento da Base de Alcântara (MA).

A principal dificuldade que ronda o programa aeroespacial brasileiro, segundo informou o ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, é a carência de recursos. Ele contou, em resposta à senadora Roseana Sarney (PFL-MA), que estão previstos R$ 47 milhões para o setor em 2004, quando seriam necessários mais R$ 130 milhões.

O ministro da Defesa, José Viegas Filho, alertou que o valor não será realmente suficiente, pois foi definido antes do acidente em Alcântara. Viegas explicou que, além do dinheiro necessário para a recuperação dos equipamentos e de seleção e treinamento de novos técnicos e especialistas, serão consumidos cerca de R$ 30 milhões para a reconstrução da torre de lançamento.

Os poucos recursos canalizados para o programa aeroespacial brasileiro foram criticados pelo senador Augusto Botelho (PDT-RR), que se comprometeu a defender, no Senado, mais apoio ao projeto e disse que pretende participar ativamente das discussões na Casa sobre o programa. Também o senador Pedro Simon (PMDB-RS) considerou relevante que o Senado acompanhe de perto as apurações e projetos de reconstrução em Alcântara. Almeida Lima (PDT-SE) também registrou que ficará atento ao montante que o Plano Plurianual (PPA) destinará ao programa aeroespacial.

Já o senador João Capiberibe (PSB-AP) reclamou do insuficiente retorno financeiro que recebe a população da Ilha de Alcântara, mesmo sediando projeto tão relevante para o país. Para ele, a implantação do projeto acarretou prejuízos e provocou injustiças sociais, especialmente com os pescadores, que foram deslocados em função da Base Aérea.

Segundo o ministro Roberto Amaral, o governo está ciente das dificuldades e não se omitirá nas soluções, informando que as discussões sobre a posse dos terrenos desapropriados está na Justiça. Em resposta ao senador Almeida Lima, declarou que o problema relacionado à posse das terras em Alcântara é apenas um dos muitos que afetam a Base Aérea, todos herdados dos governos anteriores.




04/09/2003

Agência Senado


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