Senadores querem resolver problema do Incor



Em audiência pública nesta quarta-feira (13) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para debater a crise financeira do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (Incor) e da Fundação Zerbini, os senadores mostraram-se bastante preocupados em encontrar uma saída para saldar a dívida do Incor com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o governo.

Para o senador Romeu Tuma (PFL-SP), o governo tem que arcar com essa dívida.

- Temos que tirar esse peso das costas do Incor. Acho que o governo tem que reassumir essa dívida para que o Incor possa continuar seu papel de atendimento de excelência e destaque na área da pesquisa - sugeriu Tuma.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) fez um apelo para que a sociedade e o governo "pensem mais na saúde do Brasil" e não deixem que uma instituição como o Incor perca a imagem de excelência nos serviços que presta.

- Não vamos deixar que um instituto como esse passe pelo vexame de todos os meses ter problemas para pagar suas contas - disse Crivella.

Para Flexa Ribeiro (PSDB-PA), a preocupação com a crise do Incor não é local, mas nacional. Por isso, o senador apelou para que o governo federal não contingencie os recursos destinados ao instituto.

- Que o governo faça efetivamente a liberação dos recursos do orçamento aprovado, para que não haja contingenciamento em áreas importantes como a saúde, em detrimento de outras, como a propaganda do governo, onde não há contingenciamento - afirmou Flexa Ribeiro.

Heráclito Fortes (PFL-PI) pediu uma solução "o mais rápido possível" para a crise do Incor. Eduardo Suplicy (PT-SP), um dos autores do requerimento para a realização da audiência pública, afirmou que o trabalho prestado pelo Incor é "fundamental e estratégico". Tião Viana (PT-AC) afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) "é injusto com o Incor", pois paga pouco pelos pacientes ali atendidos. O senador afirmou ainda que o "Incor não tem culpa pelas dívidas assumidas por decisões políticas erradas".

Paulo Paim (PT-RS) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) destacaram o atendimento de excelência prestado pelo Incor, afirmando que é obrigação do governo cuidar para que o instituto continue a prestar o excelente trabalho que vem desenvolvendo.



13/12/2006

Agência Senado


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