Seppir lamenta morte de Nelson Mandela



A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR) lamentou, nesta sexta-feira (6), por meio de nota, o falecimento de Nelson Mandela, ocorrido no dia 5 de dezembro, aos 95 anos completados em junho, na cidade de Pretória (África do Sul).

Nota:

Mandela é reconhecidamente uma das mais importantes lideranças na luta contra o apartheid em seu país, onde se tornou o primeiro presidente negro, nas eleições de 1994. A luta contra o racismo está para sempre vinculada à militância antiapartheid do primeiro presidente negro da África do Sul.

Sequelas - Desde dezembro de 2012, Mandela havia sido internado em quatro ocasiões, vítima das recorrentes infecções pulmonares que sofria há muitos anos, relacionadas às sequelas da tuberculose contraída durante o tempo em que esteve encarcerado na ilha de Robben, onde passou 18 dos 27 anos de prisão sob o regime racista do apartheid. Nascido numa pequena vila chamada ‘Qunu’ e formado em Direito, “Madiba” se tornou não só um importante líder político, mas verdadeiramente um heroi em seu país.

Trajetória

Ainda estudante, ele se opôs fortemente ao regime de segregação racial que existiu na África do Sul e obrigava os negros a viverem separados dos brancos (este é o significado da palavra apartheid, “vidas separadas”) – sendo que os políticos brancos não só controlavam o poder, como negavam ao restante da população vários direitos políticos, econômicos e sociais. Em 1942, aos 24 anos, Mandela ingressou no Congresso Nacional Africano (CNA), movimento que fazia oposição ao apartheid. Dois anos depois, participou da fundação da Liga Jovem do CNA.

O Massacre de Sharpeville - Nos anos 50, ele participou da divulgação da famosa Carta da Liberdade, documento que propunha um programa para o fim do regime segregacionista. Mandela defendeu a luta pacífica contra o apartheid até 21 de março de 1960, data do episódio que ficou para sempre conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, quando policiais sul-africanos mataram 69 pessoas negras que faziam manifestação pacífica contra a chamada Lei do Passe, que obrigava os negros a portarem uma caderneta na qual estava escrito onde eles podiam transitar. Depois do massacre, passou a defender a luta armada.

Mandela e a Seppir

21 de março - acabou se tornando uma data importante para o mundo inteiro, um marco na luta contra o racismo, e não por acaso foi a data escolhida para a criação da Seppir, em 2003. Também foi a data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para celebrar anualmente o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.

Cárcere - Em 1961, um ano após o massacre, Mandela se tornou comandante do braço armado do CNA, conhecido como Lança da Nação, sendo preso em 1962 e condenado a cinco anos por motivos como “incentivo a greves” e “viagem ao exterior sem autorização”. Em 1964, foi julgado novamente e condenado à prisão perpétua por planejar ações armadas. Mandela viveu encarcerado de 1964 até 1990, tempo em que consolidou sua imagem como símbolo da luta antiapartheid na África do Sul.

Pressão internacional - Sua prisão não impediu que ele estimulasse a luta pelo fim da segregação racial e, mesmo na cadeia, Mandela passou a receber ainda mais apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo. Com a pressão internacional, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk, solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, sua libertação e a retirada da ilegalidade do CNA. Os dois viriam a dividir o Prêmio Nobel da Paz, em 1993, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.

Mandela’s Day - Desde 2010, celebra-se em seu aniversário, 18 de julho, o Dia Internacional de Nelson Mandela (Mandela’s Day). A data foi definida pela Assembleia Geral da ONU como homenagem por sua luta. Entre outros trabalhos, Nelson Mandela deixou publicados os livros Nelson Mandela - A Luta da minha vida (1989), Conversas que tive comigo (2010) e Vencer é Possível (1998).

Fonte:



06/12/2013 14:34


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