Sérgio Guerra condena troca de apoio por liberação de emendas parlamentares



Embora se declarando um parlamentar conciliador, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), líder da minoria, anunciou nesta quarta-feira (30) que irá atuar junto ao bloco de oposição no sentido de boicotar a votação, em Plenário, das matérias de interesse do governo petista. Só ficaria fora dessa orientação a nova Lei de Falências, objeto de compromisso entre o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a base governista. Para o senador, o governo Luiz Inácio Lula da Silva -extrapola na capacidade de convivência democrática-. O desabafo foi motivado pela estratégia de liberação de recursos de emendas parlamentares ao Orçamento da União que, segundo ele, estaria sendo pautada por uma -prática de favorecimento escandalosa ao PT-. - O clima é de desordem e de desrespeito à vontade parlamentar como nunca visto - disparou. Nos oito anos em que exerceu mandato de deputado federal pelo PSB pernambucano, Sérgio Guerra disse que nunca deu voto ao governo, mas sempre conseguiu liberar recursos orçamentários. Daí ele ter avaliado a política de liberação atribuída ao governo petista como -antidemocrática e preconceituosa-.

Para fundamentar suas queixas, Sérgio Guerra comentou matéria recente nos jornais denunciando a liberação de verbas do Orçamento Geral da União para deputados federais que votaram a favor do mínimo de R$ 260. Além de condenar a troca de apoio parlamentar por verbas oficiais, o senador tucano lembrou que o PT pregou, por muitos anos, que o dinheiro público não poderia ser usado dessa forma.



30/06/2004

Agência Senado


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