Sérgio Guerra diz que situação dos presidentes do BB e do BC é insustentável



Falando como líder da minoria, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) disse ser insustentável a permanência no cargo dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cassio Casseb. Ambos foram acusados em reportagens recentes: o primeiro, de ter cometido irregularidade fiscal e o segundo, de transferência ilegal de recursos para o exterior. Mas o líder afirmou não acreditar que as demissões ocorram agora, a dois meses das eleições municipais. Segundo ele, a oposição não tem interesse em desestabilizar o governo e “tampouco criar focos de instabilidade a uma política econômica que, no geral, tem nossa concordância”.

- Não se pode ter o presidente do Banco Central acusado de irregularidade fiscal, não se pode ter o presidente do Banco do Brasil acusado de transferência ilegal de recursos para o exterior - disse.

Sérgio Guerra afirmou ser “inimaginável” que o presidente do Banco do Brasil continue a ser presidido “por alguém acusado pelo que foi”, sem que até agora tenha havido um esclarecimento convincente. Também disse que o presidente do Banco Central “de um país respeitável como o Brasil” não pode estar envolvido nos assuntos que afetam o presidente Henrique Meirelles.

O líder criticou ainda o financiamento parcial, pelo Banco do Brasil, de espetáculo para financiar o Partido dos Trabalhadores. E afirmou que a campanha do PT é agora reconhecida não mais pela estrela vermelha ou por seus militantes, mas por seu alto custo.

- Encontro campanhas que nunca imaginei que um partido no Brasil pudesse fazer, com financiamentos muitas vezes inexplicáveis, como este do Banco do Brasil. Um partido dos trabalhadores não pode se apresentar como este se apresenta no Brasil, com campanhas milionárias - disse.



03/08/2004

Agência Senado


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