Sérgio Souza aponta prejuízos da seca na região Sul
O senador Sergio Souza (PMDB-PR) afirmou, nesta quarta-feira (6), que os prejuízos acumulados pelo setor agrícola nos três estados do Sul do país, em decorrência da seca que afeta os produtores da região há pelo menos dois anos, não podem mais ser negligenciados.
No Paraná, considerando as culturas de feijão, milho, soja e trigo, a perda de produção de 2011/12 foi a segunda maior de uma série histórica de 26 safras, com um decréscimo de 21,5%, disse o senador, citando dados da Secretaria da Agricultura e Abastecimento estadual.
- Imaginando que o Estado do Paraná representa quase 25% da produção nacional destinada ao agronegócio, à agroindústria, à produção da agricultura e da pecuária, tivemos uma perda substancial para o Brasil – alertou.
Segundo Sérgio Souza, a cultura da soja registrou perda de produção de 24%, sendo que nas regiões noroeste e oeste do Paraná foi superior a 40%. A cultura de milho registrou perda de 17%, chegando a 39% somente no sudoeste do estado.
O senador advertiu ainda que as culturas de inverno também podem ser afetadas por geadas, já que a frente fria que assola a região pode prejudicar a produção de cereais importantes para a cadeia alimentar animal e humana, como o milho.
Os valores do prejuízo econômico causado pela seca que atingiu o Paraná, de dezembro de 2011 a meados de fevereiro, somam cerca de R$3,3 bilhões, informou Sérgio Souza. Ele explicou ainda que a estimativa da safra de verão era colher 22,34 milhões de toneladas de grãos, mas que agora a produção deve ser de apenas 17,3 milhões.
Em aparte, a senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que o problema da estiagem se agrava com as barreiras comerciais da Argentina e pelo fato de que, mesmo conhecendo os efeitos da seca, a região não se preparou para enfrentá-la adequadamente, com barragens, irrigação ordenada e planejada com as questões de preservação ambiental.
Em resposta, Sergio Souza defendeu a criação de mecanismos de financiamento à irrigação na região Sul, como forma de favorecer a competitividade e o aumento da produtividade local.
- Temos a maior bacia hidrográfica do mundo, e 12% da quantidade de água potável de superfície está no Brasil. Não podemos perder essa oportunidade de ter essa água melhor aproveitada como indutor de desenvolvimento econômico ou de segurança alimentar – afirmou.
Sérgio Souza lembrou que esses temas serão discutidos na conferência internacional Rio+20, que ocorre de 13 a 22 de junho na cidade do Rio de Janeiro.
06/06/2012
Agência Senado
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