Serra promete mudar os preços dos combustíveis









Serra promete mudar os preços dos combustíveis
Com discurso oposicionista, ele condena a política atual de aumento adotada pelo governo

O candidato do PSDB à Presidência da República, senador José Serra, com um discurso parecido com a oposição, criticou ontem a política de preços do governo e os últimos aumentos dos combustíveis e do gás de cozinha. "Esta política de preços no meu governo será diferente", afirmou o candidato, ontem em Campina Grande, na Paraíba.

Sobre a possibilidade de tais declarações prejudicarem sua candidatura, afirmou: "Não estou preocupado com o impacto na minha candidatura mas, no caso do gás de cozinha, estes aumentos são indevidos."

Serra, ao comentar as alianças partidiárias em todo o País e, principalmente, sobre o apoio do PFL ao candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, lembrou que inicialmente todos diziam que o partido ficaria contra ele em todo o País.

"Mas o PFL está me apoiando em vários estados. No meio desta disputa, cada um procura contar vantagem. Eu não faço isso", afirmou.

Aos empresários reunidos na sede da Federação das Indústrias da Paraíba, Serra, fez questão de rebater acusações de que seria inimigo do Nordeste. "Sabe quem é que diz isso? São coronéis da política, gente que quer que a gente corte dinheiro de um município só porque brigou com o prefeito", disse. "Tirando o presidente Fernando Henrique, que é o presidente que mais fez pelo Nordeste, eu sou o homem público de fora do Nordeste, não nordestino, que mais fez pela região. Isso eu posso disputar com qualquer um."

E le declarou-se favorável a um acordo entre o Brasil e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para acalmar o mercado, durante o processo de transição ao próximo governo.

Também considerou "positivo" que o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, converse com economistas dos partidos de oposição, como fará com o candidato a senador Aloizio Mercadante (PT-SP) na próxima semana.

"Acho bom poder prolongar um acordo (com o FMI). Não porque o Brasil esteja precisando de reservas. O nível de reservas hoje é satisfatório", disse

"Agora, não vejo prejuízo nenhum em poder ter um acordo mais ampliado porque dará mais garantia e segurança econômica para o futuro. Estou de acordo em estender este acordo ou refazê-lo, enfim, de um ponto de vista mais amplo. Acho que não muda muito do ponto de vista qualitativo", disse.

De Campina Grande, ele viajou para João Pessoa onde participou de comício seguido de show da cantora Elba Ramalho.


Ciro aponta omissão contra a corrupção
O candidato da Frente Trabalhista a presidente, Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB), acusou ontem, no Rio, o presidente Fernando Henrique Cardoso de ter sido "omisso" no combate à corrupção. Ciro Gomes criticou a expressão "menorzinha", usada por Fernando Henrique para se referir à corrupção no País.

"Quem fala 'menorzinha', praticamente, está dizendo que R$ 40 mil é um trocado. A corrupção no Brasil é muito grave", afirmou, fazendo alusão também à declaração do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT-PL-PC do B-PCB-PMN) sobre a suposta propina cobrada pela prefeitura de Santo André (SP).

Para Ciro Gomes, a "sensação" de impunidade estimula essa prática. "O Brasil precisa considerar a questão da moralização não como retórica, mas fazer um esforço sereno, enérgico e contínuo (para acabar com a corrupção). Ele (o presidente) foi omisso", completou, pouco depois de fazer campanha no Calçadão de Campo Grande, local de concentração de lojas na Zona Oeste do Rio.
Um dia depois que FHC se queixou da arrogância dos candidatos que o têm criticado, foi a vez de Ciro Gomes sugerir uma postura mais humilde ao presidente, quando este receber censuras.

Ciro condenou ainda o governo por não ter implementado o Plano Nacional de Segurança. "Não houve nenhuma preocupação central, como central é o problema da segurança neste governo, para oferecer uma saída. O crime organizado está nadando de braçadas na impunidade", afirmou. "O Brasil está com medo", disse Ciro.


Lula aceita discutir com FHC saídas para a crise econômica
Apesar de considerar que o governo "brincou com coisa séria e fez terrorismo econômico" ao associar a instabilidade econômica às eleições, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou a disposição de seu partido em discutir saídas para a crise com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Acho que o presidente da República deveria, se tem problemas, convocar a oposição. O governo sabe que a situação econômica é grave, a vulnerabilidade externa maior ainda. Só tem um caminho: voltar a produzir, aumentar o mercado interno e a capacidade de exportação, porque vai permitir a queda de juros, que as empresas invistam corretamente, geração de emprego, distribuição de renda", declarou Lula, ao deixar o Palácio Laranjeiras, onde tomou café da manhã com a governadora do Rio, Benedita da Silva (PT).

Lula afirmou ontem estar disposto, se for eleito, a renegociar as dívidas que estados e municípios têm firmadas com a União. Ele disse que a manutenção do superávit primário não ficaria comprometida, pois perdas com eventuais renegociações seriam compensadas com aumento de arrecadação e crescimento econômico.

Ele abriu ainda a possibilidade de reavaliar, caso a caso, dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limitam gastos públicos de grandes metrópoles para que os prefeitos possam investir em áreas sociais.

As afirmações foram feitas durante encontro da Frente Nacional de Prefeitos, evento que está sendo realizado em Vitória (ES). Acompanhado de seu vice, o senador José Alencar (PL), Lula prometeu criar fóruns de debate regionais para discutir regionalmente as questões municipais.


Felipão vira cabo eleitoral na Internet
Depois de comandar a seleção brasileira que conquistou o pentacampeonato de futebol, o técnico Luiz Felipe Scolari virou cabo eleitoral e foi usado pelo candidato à Presidência Ciro Gomes (PPS) para abrir seu site oficial na Internet.

Um suposto apoio ao político admitido no último final de semana pelo técnico da seleção brasileira era o destaque principal da página do candidato.

Ao lado de uma foto do pentacampeão, o título Técnico Felipão declara apoio a Ciro Gomes remetia a declarações feitas ao jornal O Globo, publicadas na segunda-feira, nas quais Scolari teria dito que Ciro Gomes seria o político mais qualificado para suceder o presidente Fernando Henrique Cardoso e que votaria nele na eleição deste ano.

Apesar dessa aparente convicção, Scolari disse ontem, durante o lançamento do selo comemorativo ao pentacampeonato do Brasil, em Porto Alegre, que não vai declarar voto tampouco apoiar candidatos.

"Voto é pessoal. Eu sou o menos político, talvez por isso tenha tido tantos problemas com a imprensa. Se sou o menos político, sou também o menos indicado a falar sobre política", disse o treinador.

Scolari afirmou, porém, que não se importa com o uso de sua imagem no site de Ciro Gomes. "Minha foto deve estar em todo lugar do Brasil hoje. Não sou mais o dono", justificou.
O técnico contou que sua admiração pelo político é pública há muito tempo. "Não posso deixar de falar o que eu já declarei há cinco anos a respeito do Ciro Gomes como pessoa, não como candidato", disse.

Segundo a assessoria de Scolari, que também presta serviços aos pentacampeões Rivaldo, Roque Júnior e Luizão, não houve contato até agora por parte de candidatos para propor a um dos quatro que atue em campanhas.


Santo André contrata auditoria
O prefeito de Santo André (SP), João Avamileno (PT), disse ontem que vai contr atar a empresa Trevisan em caráter emergencial para auditar todos os contratos firmados pelo município desde 1997. A prefeitura é acusada, desde a administração do ex-prefeito petista Celso Daniel, seqüestrado e assassinado em janeiro, de cobrar propina de empresários e contratação irregular de empresas de transporte e de recolhimento de lixo.

"Vamos contratar uma instituição de credibilidade para fazer uma auditoria independente daquela que está sendo feita pelo Ministério Público", disse ele, referindo-se às suspeitas de irregularidades na prefeitura. "Serão auditados os 40 contratos nas áreas de serviços, saúde, transportes e educação, e posteriormente, todos os 5.017 firmados desde 1997. A proposta é levar auditoria a todos os que estão sendo investigados."

Avamileno participou ontem da reunião da Frente Nacional de Prefeitos, em Vitória. Ele disse que, com a auditoria, espera poder "repatriar o companheiro afastado" Klinger Luiz de Sousa, acusado de participar de um suposto esquema de propina quando ocupava a secretaria de Serviços Municipais na gestão do prefeito Celso Daniel.


Mulheres terão carteira para o acompanhamento médico
O presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou projeto de lei que cria, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS, a Carteira Nacional de Saúde da Mulher. O documento vai agregar as informações sobre as ações dirigidas à saúde da mulher em todo o seu ciclo de vida. O objetivo é consolidar os dados presentes no cartão da gestante e agregar ações de prevenção e promoção à saúde, com especial relevância às de controle do câncer do colo uterino e de mama.

Agora que a lei foi sancionada, precisará ser regulamentada para que todas essas ações sejam implementadas. Deve ser criado ainda, no âmbito do Ministério da Saúde, um grupo de trabalho para a definição das informações que deverão fazer parte da carteira.

A carteira terá também caráter educativo porque vai lembrar as mulheres da periodicidade dos exames que precisam fazer. O Ministério da Saúde deverá promover uma grande campanha educativa orientando as mulheres sobre a obtenção e utilização da carteira.

Atualmente já são distribuídos os cartões da gestante em todas as unidades do SUS do País. São 3,1 milhões de cartões por ano. Nele são registradas informações como datas e exames realizados pela mulher durante o pré-natal, antecedentes clínicos, além de informações sobre os partos e o bebê logo após o nascimento.


Artigos

A febre dos concursos
Igor Germana

Com a promessa de salários atraentes, atendimento médico garantido e segurança no emprego, nos últimos anos jovens brasileiros de classe média têm investido energia, tempo e uma montanha de dinheiro para tentar garantir sombra e água fresca no serviço público. Num mundo com crises intermináveis e marcado pela incerteza, parece a solução perfeita, o paraíso aqui na Terra.

Em volta dessa mística, criou-se uma gigantesca indústria de cursinhos, apostilas e sonhos. Para algumas pessoas, os concursos assumem a feição de uma religião fundamentalista, como se fossem não só a melhor, mas a única maneira de ter uma vida tranqüila e decente e de conseguir espaço no mercado de trabalho. Para a grande maioria, viraram mesmo uma espécie de loteria dos desempregados.

A diferença é que as lotéricas vendem pequenas doses de ilusões semanais: com alguns trocados, até o mais pobre e endividado cidadão pode sonhar em acertar na megassena e sair da lama num passe de mágica. No caso dos cursinhos, também vende-se um sonho que pode ser alcançado por poucos, mas o valor da aposta é muito mais alto.

Para a sociedade, o resultado é um enorme desperdício de tempo, dinheiro e talento. Não que o serviço público não possa e não deva ter nos seus quadros pessoas gabaritadas. Mas algo está muito errado, por exemplo, quando dentistas, arquitetos ou cientistas formados em universidades públicas decidem trocar anos de estudo pela segurança de ficar batendo carimbos numa repartição qualquer, em serviços que nada têm a ver com suas áreas.

No aspecto social, a conseqüência é ainda mais cruel. Parece que o País é dividido em dois grupos: os privilegiados que tem a segurança e o conforto de um emprego público e a grande maioria que têm de ficar ao-deus-dará na chamada selva da iniciativa privada.

A longo prazo, esse tipo de cultura é extremamente nocivo para a sociedade, pelo simples motivo de que o País ainda apresenta um dos principais características do subdesenvolvimento, que é a forte dependência do conhecimento que vem de fora.

No aspecto econômico, a febre dos concursos é um sintoma de uma grave doença. Com o desemprego e a falta de confiança no futuro, o saudável ideal do homem empreendedor, do cientista que produz tecnologia de ponta, do artista, do estudante que quer se aperfeiçoar cada vez mais dá lugar ao pragmatismo medíocre de garantir a segurança no curto prazo. Com isso, o País pode estar perdendo grande parte do seu patrimônio intelectual.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Roberto Carlos desiste de Serra
O cantor Roberto Carlos decidiu não mais declarar voto ao candidato do PSDB a presidente, José Serra, depois que esta coluna revelou o acerto articulado pelo marqueteiro tucano Nizan Guanaes, no ano passado, para que os Correios patrocinassem o "rei". O patrocínio de R$ 8,4 milhões foi pago pela ECT em duas parcelas, em dezembro de 2001 e abril último. Como vazou a notícia de sua declaração de voto, Roberto Carlos recuou.

Ciro cresce mais
O Ibope fecha segunda-feira nova pesquisa sobre a corrida presidencial, aferindo o impacto das entrevistas dos candidatos ao "Jornal Nacional". Mas o Vox Populi se antecipou e revela neste domingo que Ciro Gomes deixou mesmo o rival José Serra para trás. Está pelo menos quatro pontos à frente.

Maior deprê
Garotinho anda muito chateado: é o único que continua atrás de Serra.

Morgan: calote no Brasil
Habituado a dar notas baixas ao Brasil, o banco americano JP Morgan Chase é que merece nota zero, depois de tratar clientes brasileiros como otários. O banco emitiu títulos com garantia de recompra e agora decidiu não honrar esse compromisso, apesar de o próprio JP Morgan haver emitido documento confirmando a garantia. O Banco Central já tomou conhecimento do calote. Os documentos estão em poder da coluna.

Cheira a estelionato
O Banco Central suspeita que o JP Morgan Chase se aproveita da situação de instabilidade na economia brasileira, se é que não a criou com objetivo de ganhar na especulação. Afinal, as notas baixas do JP Morgan ao Brasil têm sido decisivas para reduzir a confiança no País, e essa redução de confiança é o que alega para dar calote nos seus investidores brasileiros.

Sem simancômetro
Só cinco meses após as denúncias na imprensa, o Banco Central e a CVM decidiram investigar o uso das pesquisas eleitorais por bancos estrangeiros, entregues antes da divulgação na mídia. Surgiu o "lulômetro", que lançou o dólar na estratosfera. Nas duas últimas eleições presidenciais, a Bolsa subiu junto com os números da pesquisa do então candidato FhC.

O presidente FHveta
FhC disse que a corrupção agora é "menorzinha". Tem razão: tão pequena que cabe numa gaveta do procurador-geral (do) Brindeiro.

Cantora aguarda liberdade
O presidente do STF, ministro Marco Aurélio, examina habeas-corpus que pede a libertação a cantora María Raquenel Portillo Jimenez, ex-corista de Glória Trevi que com ela foi presa no Rio, em janeiro de 2000, e aguarda julgamento de extradição. O advogado Enrico Caruso sustenta que sua prisão foi ilegal, até porque nem há processo contra ela no México, e que sua clien te não teve direito a ampla defesa, como assegura a Constituição.

Big Brother Brazil?
A agência de classificação de risco Standard & Poors rebaixou a nota ao Brasil de BB+ para BB, por causa das incertezas eleitorais e financeiras do nosso País. Se piorar, vai para "CC" e aí é que cheira mal mesmo.

Seis por meia dúzia
Deixa o cargo segunda-feira a presidente das Centrais Elétricas do Piauí, Meriam Abraham Ohana, após quatro meses de hesitação do conselho de administração da Eletrobrás. É acusada de promover licitações fraudulentas que lesaram os cofres da estatal em R$ 12 milhões. Seu padrinho, deputado Heráclito Fortes (PFL-PI), já se mexe para indicar o substituto.

A bolsa ou a vida
Na bolsa de Nova York, perda de US$ 2.4 trilhões em ações em um ano, cinco vezes o PIB brasileiro. Já pensam em trocar aquele touro, símbolo da pujança da bolsa, por uma vaca. Só falta definir agora onde vai ficar o brejo.

Não é piada
A Petroafunda vai levar óleo cru produzido em Campos (RJ) para refinar numa refinaria americana, criando empregos nos EUA. E pagando em dólar que, como se sabe, está baratinho. Para o diretor da Área Internacional da Petrobrax, Jorge Marques de Toledo Camargo, é a melhor solução, tanto estratégica quanto economicamente. Para eles lá, nos EUA.

Maestro batuta
Funcionários do Teatro Municipal denunciam a humilhação imposta pelo novo diretor artístico, Sílvio Barbato. Reuniu o corpo de baile, esta semana, para anunciar que, em breve, serão retiradas "as sobras", com a ajuda "do meu amigo Geraldo Arruda" (procurador-geral do estado). Referia-se aos que entraram na Justiça questionando o resultado do concurso.

Fora da pista
O ex-piloto de Fórmula 1 Carlos Reutemann não será mais candidato a presidente da Argentina. Ele, que é o atual governador da província de Santa Fé, deve ter sido tomado por uma santa descrença no próprio país.

Sem preocupações
O embaixador José Maurício Bustani, que caiu ao enfrentar o governo dos Estados Unidos, não corre o risco de passar maus bocados. Além da gorda indenização de meio milhão de reais, com a demissão da Organização das Nações Unidas para a Proscrição de Armas Químicas, continua recebendo salários do Itamaraty e sua mulher é diplomata em Haia (Holanda).

Poder sem Pudor

Enfim, sós
O vice de Ciro Gomes, Paulo Pereira da Silva, gosta da vice de José Serra, a deputada Rita Camata. Mas, confiante no desempenho de sua chapa, não resistiu à piada sobre o declínio da candidatura oficial à presidência:
- Do jeito que a coisa está, e com a desistência do senador Gerson em disputar a reeleição, parece que o casal Camata fará algo que tem tido dificuldades de fazer, nos últimos anos: ficar em casa...


Editorial

ESTACIONAMENTOS RESPONSÁVEIS

O Distrito Federal cresceu mais do que esperavam seus projetistas. Em vez de ser apenas a capital administrativa do País, Brasília virou pólo de atração para trabalhadores esperançosos por dias melhores e passou a dividir com Rio de Janeiro e São Paulo o recebimento do fluxo migratório brasileiro.

Não contavam, os idealizadores de Brasília, com a dinâmica própria do crescimento populacional e econômico. Com o dinheiro do funcionalismo público vieram comerciantes, empresários e a cidade se consolidou. Como todas as grandes metrópoles, passamos a ter um excesso de veículos circulando, com um detalhe: o planejamento de Brasília concentrou serviços nos setores centrais da cidade.

Hoje, o Setor Comercial Sul não suporta tantos carros. Seus edifícios altos ainda são o coração financeiro da cidade e não há como abrir mão desse local. Por isso, é urgente que busquem as soluções para motoristas e pedestres, que passa por melhores serviços de transporte público – que serão em grande parte conseguidos com a ampliação do metrô – e novas regras para estacionamentos.

A idéia de chamar empresas privadas para administrar e ampliar os estacionamentos é boa, mas com cuidado. Não se pode sair licitando áreas públicas, por um longo período, sem que haja consenso sobre os direitos e responsabilidades das empresas e dos motoristas.


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07/13/2002


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