Serys elogia recriação da Sudam
Ao comentar a recriação da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), formalizada em solenidade na última quinta-feira (21), a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) defendeu a imediata liberação de recursos para o desenvolvimento dos projetos em condições de serem viabilizados e uma auditoria nos projetos sobre os quais haja indícios de malversação de recursos. Em discurso nesta sexta-feira (22), a senadora considerou a reinstalação da Sudam fundamental para a região.
Serys disse esperar que a nova direção da Sudam mostre ao país que o órgão é vital para o desenvolvimento da Amazônia, para a geração de empregos e para a melhora da qualidade de vida da população menos favorecida da região. A senadora lamentou que, diante das denúncias gravíssimas de corrupção no âmbito da Sudam, a decisão adotada no governo anterior tenha sido a de extinguir a superintendência, quando o que deveria ter sido feito era -colocar os corruptos na cadeia-.
Em outro momento de seu discurso, Serys conclamou os senadores e deputados a participarem da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Software Livre, que tem como presidente de honra o presidente do Senado, José Sarney, e já reúne 132 deputados e 30 senadores. Segundo Serys, é preciso lutar pelo software livre em nome de uma sociedade justa, sobretudo no Brasil, em que apenas 8% a 10% da população tem acesso a um computador.
- A informática no Brasil é extremamente excludente. Precisamos legislar e levar para dentro de nossas escolas o computador, para que as crianças e jovens conheçam novas linguagens - disse.
Reforma Agrária
A senadora leu manchete do jornal A Gazeta, de Mato Grosso, segundo a qual o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) ameaça ocupar as fazendas do governador Blairo Maggi e afirma que o governador tem 70 mil hectares de terras devolutas. -Se isso for verdade, é muito sério-, afirmou.
Serys informou que, no estado, há 6,6 milhões de hectares de terras públicas, dos quais 3,4 milhões regularizados -pelos que se apossaram delas, na maior parte das vezes, de forma indevida-. Os outros 3,2 milhões, segundo a senadora, têm de ser trabalhados e vistoriados para fins de desapropriação para a reforma agrária.
- As terras lá existentes terão de ser retomadas pelo poder público. São públicas e são para um fim social, que é a reforma agrária, com a terra para quem dela precisa - defendeu.
22/08/2003
Agência Senado
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