Serys exalta luta de empresária contra Microsoft e TBA
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) exaltou o papel exercido pela empresária Lisane Bufquin na denúncia de crime contra a concorrência que motivou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a aplicar multas sobre a empresa norte-americana Microsoft e sobre a brasileira TBA Informática, respectivamente, de 10% e 7% sobre o faturamento de ambas em 1997.
Os percentuais, observou a senadora, foram os maiores já aplicados pelo Cade a empresas que prejudiquem a livre concorrência. E a punição só ocorreu, de acordo com o seu relato, porque Lisane Bufquin decidiu apresentar, em 1998, uma denúncia contra as duas empresas. Segundo o relator do caso, conselheiro Roberto Pfeiffer, citado pela senadora, Microsoft e TBA uniram-se para "limitar, falsear e prejudicar a concorrência".
Diretora-presidente da Informática Organização e Sistemas (IOS), à época uma pequena empresa revendedora de softwares, Lisane procurou, segundo o relato de Serys, garantir a possibilidade de qualquer empresário do setor concorrer livremente em um processo de venda ao governo. Por isso, observou a senadora, a empresária foi humilhada e seguida, além de ter a vida particular exposta em colunas sociais.
- Não fosse a indignação desta empresária, desta cidadã, na melhor acepção da palavra, o nosso mercado de venda de softwares teria continuado regido pela verdadeira lei do cão - afirmou Serys, ressaltando ainda que a IOS tornou-se uma das empresas pioneiras no país no uso e na difusão do software livre.
De acordo com a senadora, o mercado também tem regras e não pode ser o "domínio da barbárie" que a Microsoft e a TBA teriam implantado na capital do país durante os últimos seis anos. Serys manifestou ainda a esperança de que a decisão do Cade "possa ajudar o Brasil a ser um país mais decente".
24/09/2004
Agência Senado
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