Serys lança livro com biografias de senadoras na Bienal de São Paulo
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) participou, na quinta-feira (15), do lançamento do livro Dados Biográficos das Senadoras Brasileiras, no estande do Senado na Bienal do Livro de São Paulo. Presidente da Comissão Temporária do Ano da Mulher 2004, a parlamentar deu entrevistas e autografou exemplares para o público, que recebeu a publicação gratuitamente.
A representante mato-grossense afirmou que a instituição, por lei federal, do Ano da Mulher induziu ações institucionais mais permanentes contra a discriminação e a violência contra a mulher. Exemplificou que, além da Comissão no Senado, várias assembléias legislativas e câmaras de vereadores empreenderam iniciativas neste sentido. Lembrou que as mulheres representam 52% da população brasileira, mas, em 180 anos de existência do Senado, apenas 28 parlamentares figuram no livro, incluindo as nove senadoras atuais.
O livro relata que a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Senado foi a paulista Eunice Michiles, suplente que assumiu o mandato com a morte do senador João Bosco, do Amazonas, em 1979. As primeiras senadoras eleitas foram Júnia Marise e Marluce Pinto, em 1990.
Para Serys, o livro permite que as mulheres brasileiras possam conhecer as ações das senadoras que se destacaram para a melhoria da sociedade, ao mesmo tempo em que ensina a não repetir aquelas que fizeram ao contrário. Acrescentou que sua edição em 2004, ano de eleições municipais, irá incentivar a participação de muitas mulheres no pleito, "comprometidas com as causas maiores da sociedade, com a causa da criança, da educação, da saúde, sem discriminação".
A parlamentar afirmou ainda que a Comissão Especial Temporária da Mulher está fazendo um levantamento dos 1.989 projetos sobre a questão de gênero que já tramitaram no Congresso - cuja grande maioria foi arquivada. A idéia é que, após uma discussão com toda a sociedade, as proposições consideradas mais relevantes voltem à pauta de votação para serem aprovadas. Ela destacou a importância dos meios de comunicação para "dar visibilidade à problemática da violência e da discriminação contra a mulher na sociedade brasileira".
- Precisamos também dar uma educação que mostre às crianças e aos jovens que o fim da violência contra a mulher é necessária - acrescentou, lembrando que, a cada 15 segundos, uma mulher sofre atos de violência no Brasil, principalmente de violência doméstica.
Para a Agência Senado, Serys Slhessarenko afirmou que a presença da Editora do Senado nas Bienais de Livro é de suma importância, por levar um pouco do debate político para a sociedade e também por apresentar as publicações do Conselho Editorial, que qualificou como "de primeira linha".
16/04/2004
Agência Senado
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