Serys pede maior mobilização para evitar violência contra a mulher



Por considerar que, apesar de registrados avanços, as mulheres ainda não têm seus direitos humanos assegurados e continuam a ser vítimas de discriminação e violência, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) pediu, na sessão solene do Congresso Nacional em homenagem ao Dia Internacional pela não Violência contra a Mulher, nesta terça-feira (25) maior mobilização da sociedade para pôr fim a esse problema social.

- Vamos espalhar esse movimento pelo Brasil afora. Muitas mulheres ainda são discriminadas. Nós mesmas, senadoras, sofremos discriminação em diversos momentos. A violência atinge as mulheres de todas as classes sociais de todos os países. Infelizmente, ela é democrática. Por isso, todos têm que se movimentar, dizer não. A nossa organização e mobilização pode fazer com que as coisas se alterem - afirmou Serys, que prestou uma homenagem especial às mulheres que lutaram no passado para assegurar os direitos femininos.

A senadora pediu a adoção de medidas legislativas e institucionais que possam aliviar a situação de mulheres vítimas de violência. Como exemplo, Serys sugeriu a multiplicação do número de casas de acolhimento à mulher vítima de violência.

- O poder público deve meter a colher, sim, criando mais delegacias especializadas, mais casas de acolhimento à mulher. Não podemos deixar que uma mulher faça uma denúncia e volte para dentro de casa. Ela precisa ter o respaldo necessário até que reorganize a sua vida - argumentou Serys, registrando que o Senado aprovou proposta transformando 2004 no Ano Nacional Contra a Violência Contra a Mulher.

Ela considera que a causa das mulheres só terá êxito com a participação dos homens.

- Só vamos avançar nessa luta e angariar conquistas mais profundas com a participação dos companheiros homens, sem dúvida. Conclamo todos os homens a usar o laço branco, símbolo do homem que não aceita a violência contra a mulher - sugeriu Serys, registrando que o laço branco começou a ser usado pelos homens do Canadá, indignados com o assassinato de alunas de Engenharia em Montreal, por um professor que considerava que as mulheres não deveriam estar disputando uma carreira que seria exclusivamente masculina.



25/11/2003

Agência Senado


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