Sete mulheres com endometriose passam por cirurgia diariamente em SP



A doença pode causar cólicas intensas durante a menstruação, dor durante a relação sexual e infertilidade feminina

Em média sete mulheres são levadas diariamente para a mesa de cirurgia por causa da endometriose nos hospitais públicos do Estado. Levantamento da Secretaria da Saúde aponta que ano passado foram realizadas 2.606 cirurgias.

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No Hospital Pérola Byington, da rede pública de saúde do Estado e especializado em saúde da mulher, somente no ano passado, foram realizadas 3.114 atendimentos de pacientes com endometriose, com 105 cirurgias.

A doença é caracterizada pela presença de células do endométrio, mucosa que reveste o útero, fora do lugar. Ou seja, em vez de os resíduos saírem na menstruação, como deveria ocorrer normalmente, sobem pelas trompas e caem na parte interna da barriga. A endometriose na maioria das vezes acontece no ovário, mas ela pode atingir todo o útero por fora, cavidade abdominal, rim, intestino e até o pulmão.

A causa do desenvolvimento da doença ainda não está bem estabelecida, mas evidências indicam que a combinação de fatores genéticos, hormonais e imunológicos poder contribuir para a formação da endometriose, que tem como principais sintomas a cólica aguda, sangramento intenso durante o período menstrual, dor durante a relação sexual e infertilidade feminina.

Segundo o diretor do setor de ginecologia do Hospital Pérola Byington, nos casos em que há infertilidade, é preciso lidar com a frustração da paciente, "além disso, na maioria das vezes, o companheiro não entende o que a mulher está passando, o por quê de ela não conseguir ter relações e isso pode acabar estremecendo o relacionamento"

Nos casos leves de endometriose, o tratamento pode ser feito com pílula anticoncepcional, mas, para os casos mais graves, devem-se utilizar DIU com progesterona, que alivia os incômodos causados pela doença.

A cirurgia é o método mais efetivo, e é feita por meio de videolaparoscopia. Uma microcâmera é introduzida através do umbigo por meio de uma pequena incisão, assim é possível buscar os focos de endometriose e cauterizá-los, limpando a cavidade abdominal. Está técnica é extremamente efetiva e minimamente invasiva.

Nos casos mais extremos ou em que a paciente não deseja mais engravidar, todo o útero é retirado por procedimento de histerectomia, que pode ser laparotomia ou laparoscopia.

Do Portal do Governo do Estado

 



11/12/2013


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