Sibá comemora 119 anos da abolição da escravatura no Brasil
Ao antecipar a celebração dos 119 anos da abolição da escravatura, que transcorrerá no próximo domingo (13), o senador Sibá Machado (PT-AC) opinou que, por mais políticas compensatórias que os governos implementem, o Brasil sempre ficará em dívida para com os que foram vítimas da escravidão e os seus descendentes. Ele lamentou que, apesar de já terem se passado tantos anos da assinatura da Lei Áurea, ainda exista trabalho escravo no país.
- A escravatura é uma nódoa difícil de extirpar de nossa formação como sociedade democrática. Mesmo depois de o Brasil ter se transformado em uma república, os presidentes nunca tomaram nenhuma medida concreta para integrar os ex-escravos e os seus descendentes na sociedade. Eles não receberam condições de ascender socialmente e de se tornarem realmente cidadãos - afirmou Sibá Machado.
O senador lembrou que, oficialmente, o comércio de negros oriundos do continente africano para o Brasil começou em 1559, quando Portugal autorizou os senhores de engenho a importar diretamente escravos para o país. Antes disso, registrou Sibá Machado, alguns colonos, alegando escassez de mão-de-obra, já importavam escravos para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar, tabaco, algodão e café, ou na extração de ouro e diamantes.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) destacou a importância da atuação de Joaquim Nabuco na libertação dos escravos. Por sua vez, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), citou um trabalho da professora Lucimar Rosa Dias, doutoranda em educação na Universidade de São Paulo (USP), para denunciar que ainda há racismo nas escolas de educação infantil brasileiras.
10/05/2007
Agência Senado
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