Sibá comenta artigo sobre livro de Mercadante



O senador Sibá Machado (PT-SP) registrou em Plenário nesta quinta-feira (8) artigo do jornalista Pedro Cafardo, do jornal Valor Econômico, que ressalta a proximidade dos números sobre a economia brasileira apresentados por Mercadante em seu livro Brasil: Primeiro tempo com a realidade. Aloizio Mercadante é candidato do PT ao governo de São Paulo.

Sibá enfatizou que todos os indicadores econômicos - crescimento anual e médio do PIB, exportações, balança comercial, dívida interna e externa e credibilidade internacional- superaram, segundo dados apresentados por Mercadante em sua obra e confirmados pelo jornalista Pedro Cafardo, os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso.

- O crescimento médio do PIB [Produto Interno Bruto], em três anos, de 2,54%, foi um pouco maior do que os 2,32% de FHC; as exportações quase dobraram de 2002 para 2005; o superávit na balança comercial foi de US$ 103 bilhões contra déficit de US$ 8,3 bilhões no governo FHC - enumerou Sibá, acrescentando que, para Cafardo, o argumento contrário de que o cenário externo esteve favorável no período perde força quando se constata que o comércio brasileiro cresceu 92% contra 62% de crescimento do comércio mundial.

Sibá citou até mesmo o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-petista, que, segundo disse, admite que somente no governo Lula democracia, desenvolvimento e equilíbrio fiscal ocorrem simultaneamente. Sibá lembrou que até mesmo o ex-ministro da Fazenda de FHC Maílson da Nóbrega admitiu recentemente que o Brasil, em breve, deixará de ser país devedor e se tornará credor.

O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) disse que Sibá estava "meio perturbado" ao citar Cristovam Buarque, "escorraçado do cargo de ministro pelo governo". Ele acrescentou que Maílson da Nóbrega devia estar de "de alma lavada" pelo arrependimento tardio do PT pelos "impropérios" proferidos contra ele.

Já o senador Sérgio Guerra (PSDB-SE) disse que o livro de Mercadante tinha caráter "claramente eleitoral" e contestou, com veemência, os números apresentados por Sibá, dizendo que uma análise mais acurada mostra que eles estão bem distantes da realidade.

Varig

Heráclito indagou se havia alguma resposta do governo à proposta de compra dos funcionários da companhia e ficou inconformado, quando Sibá, sem qualquer informação definitiva, apenas apoiou a proposta e acenou com a possibilidade de financiamento da dívida remanescente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).



08/06/2006

Agência Senado


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