Sibá Machado diz que se colocou "à inteira disposição da defesa do governo"
Em entrevista gravada à TV Senado na tarde desta terça-feira (20), o ex-senador Sibá Machado (PT-AC), que deixou o cargo nesta segunda (19) com o retorno à Casa da titular da vaga, Marina Silva, afirmou que, desde o início de seu mandato, em 2003, colocou-se "à inteira disposição da defesa do governo".
Nos primeiros anos, lembrou o senador, ele foi designado relator do Plano Plurianual 2004-2007, justamente em um momento em que, frisou ele, o país duvidava da capacidade do Partido dos Trabalhadores de conduzir a política econômica. Sibá também destacou sua participação em comissões parlamentares de inquérito (CPIs), como a dos Correios e a dos Bingos.
Num dos momentos tensos de sua carreira parlamentar - a presidência do Conselho de Ética em 2007, durante o julgamento do processo por quebra de decoro parlamentar do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), à época presidente da Casa -, Sibá procurou, segundo suas próprias palavras, "fazer as coisas com a maior responsabilidade, tendo como princípio que nenhum holofote iria me distrair".
- Eu acho que dei conta do meu recado, tanto é que, no momento que eu achei que o Conselho de Ética poderia estar sofrendo interferência das tensões políticas, decidi que eu não poderia mais continuar - disse ele, em referência à sua renúncia ao cargo.
Sibá também falou sobre a responsabilidade de ser suplente de Marina Silva, que, antes de assumir a pasta do Meio Ambiente, da qual se demitiu na última semana, elegeu-se senadora pela segunda vez. Ele, por sua vez, nunca havia sido parlamentar, o que o preocupava, como ele confessou à TV Senado.
- Em seu primeiro mandato, a companheira Marina Silva foi uma brilhante senadora nesta Casa, foi líder de nossa bancada, considerada uma das dez mulheres mais importantes do mundo, tida pela crítica mundial como sendo uma das 50 pessoas que poderiam salvar o planeta. Imagine essa bagagem toda... Isso tudo me preocupava, porque a expectativa era muito grande - disse Sibá.
Em relação às matérias que apresentou, Sibá destacou a proposta de emenda à Constituição (PEC 11/2003) que modifica as regras para a escolha de suplentes de senador, além da que trata do fim da reeleição e do aumento dos mandatos para cinco anos (PEC 20/04). A última delas chegou a ser aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), ao passo que a primeira tramita na mesma comissão.
Quanto aos planos, o ex-senador afirmou que, apesar de ter sido sondado para continuar em Brasília prestando contribuições ao governo federal, pensa em voltar para o Acre e seguir com seus projetos em defesa da Amazônia. Ele também pretende se dedicar ao seu mestrado em Geografia.
20/05/2008
Agência Senado
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