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A mesma vulnerabilidade de segurança da internet está presente nas chamadas internacionais, conforme depoimento do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a duas comissões do Senado, nesta quinta-feira (11). Quando alguém liga do Brasil para outro país, ou quando viaja para o exterior e utiliza o celular brasileiro, vale-se de acordos de interconexão internacional entre empresas brasileiras de telecomunicações e suas congêneres lá fora.

No momento da interconexão, como explicou o ministro, há troca de informações de sinalização entre as operadoras. São registradas informações como número de origem, número de destino, duração e horário da chamada. Em encontro com o ministro, o embaixador norte-americano, Thomas Shannon, disse que seu país só tem esses registros, chamados de metadados, não os conteúdo das conversas.

Paulo Bernardo anunciou plano da Telebrás para a construção de cabos submarinos ligando o Brasil à Europa e à África. Seria uma forma de evitar o tráfego de dados pelos Estados Unidos para acessar esses dois continentes. Outra iniciativa é a construção de um anel ótico continental, que também evitaria tráfego pelos EUA na comunicação com a América Latina.

Paulo Bernardo anunciou ainda a intenção do país de manter um satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas do governo federal. A contratação dos serviços desse satélite, na avaliação do ministro, evitará que o tráfego das comunicações governamentais saia da esfera do governo.

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