Simon critica forma como Protógenes e De Sanctis estão sendo investigados



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou nesta quinta-feira (13) os inquéritos que investigam a atuação do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz e do juiz Fausto De Sanctis na Operação Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas.O senador entende que houve exageros e que é preciso fazer mudanças, mas observou que "transformar o delegado e o juiz em criminosos dá a impressão de que a impunidade está tomando conta do país".

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse, em aparte, que o delegado o colocou num quadro como se fosse participante de um esquema criminoso ligado ao banqueiro Daniel Dantas. Heráclito assinalou que o raio de ação da calúnia é dez vezes maior que o do desmentido e recordou ter entrado com uma ação na Justiça contra Protógenes para pedir esclarecimentos. Ele informou que, até hoje, "com a arrogância e a prepotência, com o abuso de poder que é uma característica dele", o delegado não deu sequer uma resposta.

- Não posso e não vou aceitar de maneira nenhuma as acusações feitas contra mim sem uma prova sequer. A dor desse fato foi tão profunda para mim que, quando ia para a sala de cirurgia, chamei meus familiares e pedi que, caso eu não saísse de lá, esse processo continuasse até o último momento. Leviano, irresponsável, autoritário, ele extrapolou de suas funções, estimulado pelo dr. Paulo Lacerda - afirmou Heráclito.

Simon apoiou Heráclito e disse que só não concorda com a forma como estão sendo feitas as investigações. Para ele, está faltando sensibilidade às autoridades.

Simon também criticou a chamada "janela política" prevista no projeto do governo que está sendo analisado pela Câmara dos Deputados para driblar o instituto da fidelidade partidária e tornar sem efeito a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmada nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de que o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar.

- O Congresso Nacional não tem autoridade para falar da decisão do TSE e do STF porque há 20 anos tem o texto constitucional para legislar e não fez nada. A Câmara está votando uma lei que reconhece a existência da fidelidade partidária, mas um mês antes das eleições abrem-se as comportas para que os parlamentares possam mudar de partido como bem entender. É a 'janela política' - observou

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que "é duro constatar que o voto hoje no Brasil corre pelo mais sujo esgoto da corrupção do poder econômico".



13/11/2008

Agência Senado


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