Simon defende investigações sobre desaparecidos no regime militar



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu há pouco que se tornem públicos os atos cometidos por agentes do Estado durante o governo militar e que resultaram no desaparecimento de militantes de forças da esquerda política. A manifestação foi feita na abertura da audiência pública com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), iniciada há pouco.

Simon disse que o objetivo das investigações sobre os fatos passados não seria "botar ex-presidentes na cadeia", numa alusão ao que ocorreu com generais militares da Argentina e Chile. Na sua avaliação, os esclarecimentos são devidos às famílias dos ainda hoje desaparecidos.

- O que impressiona é uma família não enterrar o ente morto. Enterrar o morto faz parte de um processo necessário. Uma mãe que não enterra um filho estará sempre na angústia. Nunca dorme tranquila na expectativa sobre o que aconteceu - comentou.

Setores do governo, sobretudo do Ministério da Justiça, vem defendendo a instalação da chamada Comissão da Verdade, que teria como objetivo investigar os crimes cometidos por agentes públicos no período da ditadura. No entanto, há reações contrárias nas Forças Armadas.

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17/03/2011

Agência Senado


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