Simon quer que Conselho dê até o dia 9 "uma satisfação à sociedade" sobre as investigações



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse nesta quinta-feira (dia 3), em reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que está muito clara a responsabilidade do ex-líder do governo José Roberto Arruda (sem partido-DF) e da ex-diretora do Prodasen Regina Célia Peres Borges no episódio da violação do sigilo do painel eletrônico do Senado. Regina, porque confessou ter comandado a equipe que fraudou o painel no dia 28 de junho do ano passado, data em que foi cassado, em sessão secreta, o mandato do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Arruda, porque determinou a ela que violasse o painel, recebeu a lista com a identificação dos votos e entregou-a ao então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).

A situação de Antonio Carlos é diferente, na opinião de Simon, porque não está claro se ele determinou ou não a Arruda que procurasse Regina para pedir a lista da votação. O que está claro em relação a Antonio Carlos é que, tendo recebido a lista e constatado a violação do painel, não tomou as providências adequadas naquele momento: comunicar o fato aos membros da Mesa e aos líderes dos partidos e convocar Regina para dar as explicações sobre o assunto.

Apesar de as contradições entre os depoimentos dos três não terem se resolvido, Simon instou o conselho a dar até a próxima quarta-feira (dia 9) uma satisfação à sociedade sobre as investigações. O senador acha impossível que Arruda não tenha informado o presidente Fernando Henrique Cardoso sobre os fatos relativos à violação, mas disse ser positivo que nada tenha sido descoberto sobre a eventual participação do presidente, em razão das sérias conseqüências políticas que isso traria.

03/05/2001

Agência Senado


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