SIMON DEFENDE SENADORES DE ATAQUES DA IMPRENSA



Preocupado com o tratamento dado pela imprensa aos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades no Sistema Financeiro Nacional, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez veemente defesa dos membros da CPI. De acordo com Simon, os senadores estão sendo acusados, por meio de editoriais e artigos em diversos jornais, de serem ignorantes e agirem de má-fé. O senador citou editorial de um jornal paulista que comparou os membros da CPI a torturadores. - Nesta CPI ocorre justamente o contrário do que se passava nos obscuros porões da ditadura. Aqui tudo é feito sob a luz dos holofotes, diante de dezenas de jornalistas. Este é um tribunal político e não somos obrigados a manter a fleugma quando depoentes tentam nos impingir versões fantasiosas. Aqui temos o direito de espernear, como faria qualquer cidadão que percebesse estar sendo empulhado - salientou.Simon lembrou ainda pesquisa de opinião patrocinada pela Confederação Nacional dos Transportes, que apresenta uma avaliação positiva da sociedade em relação ao trabalho das comissões parlamentares de inquérito atualmente em funcionamento no Senado. Segundo Simon, a pesquisa indica que "as pessoas acreditam que a CPI do Sistema Financeiro ajudará a esclarecer a relação entre o governo federal e o sistema financeiro e que a CPI do Judiciário vai propiciar a reforma de Justiça brasileira".ARMÍNIO FRAGAAs declarações do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, noticiadas pela imprensa nesta terça-feira (dia 4), contrárias à revisão da operação de socorro ao Banco Marka foram criticas por Simon. "A decisão de fazer com que a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F;) pague o prejuízo causado pelo Marka será julgada pela Justiça". Simon apresentou requerimento neste sentido à CPI.- Considero muito estranho que o senhor Armínio Fraga se apresse em fazer a defesa jurídica de uma operação atípica, feita à socapa, à noitinha, como reconheceram, nesta CPI, técnicos do Banco Central. O senhor Armínio Fraga age com a mesma afoiteza que fez com que o BC pagasse o custo do salvamento, antes de acionar os mecanismos de defesa da bolsa - comentou.

04/05/1999

Agência Senado


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