Mozarildo defende Zona Franca dos ataques de jornalista
O senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) rebateu nesta segunda-feira (29) críticas à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) desferidas pela jornalista Miriam Leitão. No Programa Bom Dia Brasil transmitido pela TV Globo no dia 29 de setembro, ela fez comparações negativas entre as empresas localizadas na área da superintendência e empresas "maquiadoras" do México.
- Ao contrário do que disse a jornalista, não cabe aos empreendimentos em operaçãona Zona Franca a pecha de "maquiagem", conforme se dá no México, onde existe uma arapuca que pouco, ou muito pouco, agrega valor aos produtos que importa e reexporta - disse o parlamentar, citando documento emitido pela superintendente da Suframa, Flávia Barbosa Grosso.
Conforme o senador, o modelo da Zona Franca é a única política federal de desenvolvimento regional que tem impacto significativo na região. E proporcionou ao Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Amazonas crescimento de 122%, entre 1985 e 2001. O aumento na renda per capta entre 1994 e 2001 foi de 109%.
Mozarildo contestou o ponto de vista de que a Suframa leva à renúncia fiscal absoluta. O mesmo estado do Amazonas responderia por mais de 65% dos tributos e contribuições federais arrecadados em toda a Região Norte.
- Esse fato é uma prova cabal de que, ao menos no pólo industrial de Manaus, os incentivos fiscais têm feito, e bem, o papel de impulsionadores do desenvolvimento - afirmou o senador.
Depois de criticar o modelo de investimentos brasileiro, que leva a enormes desigualdades entre as regiões, Mozarildo explicou que a Zona Franca não foi criadacom o objetivo de incremento das exportações, mas sob o pressuposto de necessidades geoeconômicas e de segurança, que recomendavam a ocupação daquela área, bem como de integração econômica da Amazônia Ocidental ao restante do país.
29/11/2004
Agência Senado
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