Simon destaca importância da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção




O senador Pedro Simon (PMDB-RS) foi à tribuna do Plenário, nesta sexta-feira (14), a fim de chamar a atenção para a importância da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, formalizada em dezembro de 2003.

A iniciativa, de acordo com o senador, revela a preocupação da comunidade internacional com um problema que "enfraquece a legitimidade política, afeta a economia dos países e impede o desenvolvimento das nações".

A Convenção, que foi iniciada com a adesão imediata de 100 países, conta atualmente com 168 signatários e foi proposta, na época, pelo Brasil, revelou Simon:

- Foi uma posição de vanguarda. A proposta partiu da delegação brasileira que estava na ONU na época. O combate à corrupção em escala internacional foi uma iniciativa nossa - afirmou.

O senador disse que o conteúdo e a extensão do documento impressionam: são 71 artigos divididos em oito capítulos, tratando da prevenção, do combate e da criminalização da corrupção, inclusive no setor privado.

Simon criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por não ter cumprido a promessa, assumida no início de seu mandato, de combater a impunidade, e fez críticas também ao Congresso que, como observou, "se recusa a punir e a investigar os parlamentares corruptos".

- Ainda me lembro do discurso da primeira posse de Lula. Eu acreditei, e as promessas dele me levaram às lagrimas. Mas ficou tudo nas palavras - disse Simon.

Ao fazer um histórico de escândalos de corrupção no país, o senador lamentou o fato de apenas três deputados acusados de participarem do esquema do "Mensalão" (que consistiria no pagamento de propinas a deputados para favorecerem o governo Lula, em 2005, e que levou ao indiciamento de 40 políticos pelo Supremo Tribunal Federal) terem sido cassados pela Câmara dos Deputados.

- Entre dezenas de mensaleiros, apenas três foram punidos. No STF, os processos se arrastam e não são julgados. No Brasil, a infinidade de recursos disponíveis e o foro privilegiado alimentam a impunidade - lamentou.

Ficha limpa

O senador dedicou parte de seu discurso para defender a validade da Lei da Ficha Limpa nas próximas eleições. Para ele, se isso acontecer, será o "início de uma mudança radical no Brasil".



14/10/2011

Agência Senado


Artigos Relacionados


Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima

APROVADO CONVENÇÃO SOBRE SEGURANÇA DE PESSOAL DAS NAÇÕES UNIDAS

Programa das Nações Unidas reúne forças na luta contra a AIDS

Governo repudia atentado contra comboio das Nações Unidas no Líbano

Pedro Simon destaca ações contra corrupção

CGU participa de conferência sobre Convenção da ONU contra Corrupção