Simon parabeniza união de forças estaduais e federal no Rio e permanência do Exército no morro
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) elogiou a estratégia do governo do Rio de Janeiro que resultou na operação de cerco e ocupação da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão e conseguiu, por enquanto, livrar a população local dos traficantes de drogas. O parlamentar creditou o sucesso da operação à cooperação entre os governos estadual e federal.
Simon elogiou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de pedir à futura presidente, Dilma Rousseff, que mantenha o ministro Nelson Jobim à frente do Ministério da Defesa. O parlamentar acredita que a facilidade de comunicação deste com os ministros militares foi determinante para o sucesso da operação. Isso porque, assinalou, não é fácil a coordenação entre forças diferentes como é o caso das polícias civil e militar com a Polícia Federal e o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, como ocorreu nessa operação.
Mudança conceitual
Outro aspecto apontado por Simon como importante para o sucesso da operação no Rio de Janeiro foi a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) pelo governo estadual. Ele lembrou que anteriormente a população das favelas via a polícia como inimiga, mas, com a entrada das UPPs, passou a ver os policiais como defensores e a colaborar com eles.
Outra providência fundamental foi, na avaliação do senador, a decisão do governo estadual de não retirar o policiamento das favelas no momento em que os traficantes, revoltados com a presença da polícia em seus redutos, iniciaram a série de ataques incendiando ônibus e carros.
O parlamentar também elogiou a decisão das autoridades de manter tropas do Exército por até seis meses no Complexo do Alemão.
Polícia de fronteira
Em aparte, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) destacou que a quantidade de armas e drogas apreendidas na operação realizada no do Rio de Janeiro foi "muito acima das expectativas", o que indica a fragilidade do Estado brasileiro na proteção às fronteiras nacionais. Ele anunciou sua intenção de recolocar em pauta projeto de lei proposto durante o governo do presidente João Figueiredo, que previa a criação de uma guarda de fronteira formada por uma polícia militar da União, subordinada ao Exército ou à Marinha.
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), também em aparte, mencionou o tráfico de armas pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), via Manaus, para diversos pontos do país.
29/11/2010
Agência Senado
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