MOZARILDO PARABENIZA FORÇAS ARMADAS PELA DEFESA DA AMAZÔNIA
O representante de Roraima lembrou que, nos últimos anos, três mandatários de países desenvolvidos manifestaram-se favoráveis à intervenção na região. Primeiro foi o presidente francês François Miterrand que afirmou, em 1989, ser necessário que o Brasil aceitasse uma soberania relativa sobre a Amazônia. Já em 1992, o primeiro-ministro britânico John Major disse que as campanhas ecológicas internacionais sobre a região Amazônica deixavam a propaganda para dar início a uma fase de operação "que, obviamente, pode ensejar intervenções militares diretas na região".
Mais recentemente, em abril de 1998, o chefe do serviço de informações das Forças Armadas dos Estados Unidos, Patrick Hugles, afirmou que seu país precisa estar preparado para interromper qualquer ação do Brasil na Amazônia que ponha em risco o meio ambiente norte-americano.
Para o senador, essas manifestações mostram que a Amazônia é "um tesouro tão valioso que atrai as atenções até mesmo dos países mais ricos e mais poderosos do mundo". Ele lembrou ações positivas para aumentar a soberania brasileira na região, como o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), que já tem 3/5 de sua capacidade total instalados. Além de controlar o tráfego aéreo na região, o projeto prevê a realização de mapeamentos e detecção de focos de incêndio e de desmatamento, sendo o maior projeto de controle ambiental em curso no mundo.
Mozarildo Cavalcanti defendeu mais recursos para que as Forças Armadas retomem projetos importantes, como o Calha Norte. Segundo ele, o Plano Plurianual (PPA) prevê, para o item Defesa e Segurança - onde está incluída a defesa da Amazônia - uma verba de R$ 3 bilhões, ou 7,2% do total, para os próximos três anos.
- É fundamental reforçar essa verba para que se possa dar prioridade às ações necessárias à defesa da Amazônia - afirmou o parlamentar em seu discurso.
Para Mozarildo Cavalcanti, além da presença militar forte nas fronteiras, é preciso uma ocupação civil a partir da exploração econômica ambientalmente adequada. Destacou que isto já vem acontecendo, como atesta o levantamento realizado pela Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), segundo o qual a região terá investimentos de R$ 43 bilhões até 2003, ficando atrás apenas da região Sudeste.
21/02/2000
Agência Senado
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