Simon pede à Mesa anulação de ato que transfere cargos para escritórios estaduais
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) apelou à Mesa da Casa, nesta sexta-feira (25), para que volte atrás na decisão de garantir a seus integrantes e aos líderes partidários a transferência, para os escritórios estaduais, de mais duas funções comissionadas vinculadas a seus gabinetes. Em discurso no plenário, ele disse que também foi "mal dada" a informação sobre a extinção de 500 cargos no Senado. Conforme o senador, os cargos não "existiam" de fato, já que se tratava de postos que se encontravam vagos, o que motivou repercussão negativa.
- Foi ridículo. O que a imprensa diz é que esse ato da extinção de mentirinha foi para passar o outro, em que membros da Mesa e líderes tem direito a alocar mais funcionários em seus estados, para fazer campanha política - afirmou.
Atualmente, só é permitida a nomeação, para o escritório estadual, de apenas um servidor, da cota da liderança e dos onze titulares e suplentes da Mesa. Com o ato, foram abertas mais duas exceções. Ao justificar essa medida, conforme Simon, o presidente José Sarney disse que recebeu a proposta por meio de abaixo-assinado apoiado por todos os líderes. No entanto, ele disse que dois líderes - Aloizio Mercadante (SP), do PT, e José Agripino (RN), do DEM - negaram que tenham dado apoio ao pleito.
- O líder do DEM disse publicamente: não pedi, sou contra, não quero. O líder do PT disse que não pediu e acha que foi um retrocesso. Portanto, a Mesa recuar será um gesto de grandeza - afirmou.
25/09/2009
Agência Senado
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