Simon prega amplo entendimento para reduzir juros externos e avançar nos programas sociais
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu nesta quarta-feira (19), no Plenário, que o governo promova um grande entendimento com os vários segmentos da sociedade brasileira para com esse respaldo obter junto aos credores internacionais a redução do pagamento dos juros da dívida externa. Na sua avaliação, esse seria o caminho para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva obter os recursos necessários para fazer avançar os programas sociais.
Simon analisou que existem condições favoráveis para se costurar esse amplo entendimento e que não vê radicalizações como ocorreram em governos passados. "As críticas aumentam porque os problemas e as angústias estão se acumulando", afirmou, reconhecendo, no entanto, que o tom às vezes beira o rompimento, como o documento entregue nesta terça-feira (18) pelo presidente do partido liberal, Valdemar Costa Neto, ao secretário particular de Lula, Gilberto Carvalho, com ataques à política econômica do governo.
Mas o senador observou que nem por essa atitude do partido do vice-presidente da República, José Alencar, ele deve ser mal visto.Ele lamentou que o governo venha perdendo credibilidade. Porém, Simon advertiu que nenhum partido, ninguém, sairá ganhando com a perda de esperança do povo brasileiro em relação ao governo Lula, lembrando que é a primeira vez que o país tem na presidência um representante autêntico dos trabalhadores.
Simon ressaltou que o próprio chefe da Casa Civil, José Dirceu, já abraçou o princípio do diálogo e de um amplo entendimento entre as várias forças que compõe a sociedade brasileira. O senador disse que prefere não falar em pacto porque esse é um termo que foi se desgastando pelo insucesso de tentativas anteriores.
Simon acrescentou ainda que os próprios organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, que apóiam a política econômica do governo Lula, reconheceram que os juros pagos pelo país com o serviço da dívida externa são excessivos. "Vamos pagar dois terços desse montante e aplicar um terço nos programas sociais", propôs, estimando que seriam cerca de R$ 50 bilhões que poderiam "salvar" o governo Lula.
19/05/2004
Agência Senado
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