SIMON REITERA HOMENAGENS A POLÍTICOS E INTELECTUAIS



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) abordou em discurso, na semana passada, recentes homenagens prestadas a três grandes personalidades da política e intelectualidade nacional: Synval Guazzelli, Raymundo Faoro e Celso Furtado. Na ocasião, Simon destacou a indicação de Guazzelli para o prêmio especial Líderes e Vencedores, da Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), a eleição de Faoro para a Academia Brasileira de Letras (ABL) e a homenagem prestada pela Universidade de São Paulo aos 80 anos de Furtado.

Ao falar de Synval Guazzelli, o senador gaúcho assinalou os principais pontos da carreira política de seu conterrâneo. Lembrou, por exemplo, o início de Guazzelli na vida pública, em 1955, quando foi eleito vice-prefeito de Vacaria (RS) pela UDN. Também comentou sua passagem pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Banco do Brasil, Ministério da Agricultura, além da Câmara dos Deputados, para a qual foi reconduzido em 1999. "Synval Guazzelli é, sem dúvida, um dos maiores políticos de minha geração", afirmou.

Sobre Faoro, Pedro Simon fez referência a duas grandes obras do jurista: Os Donos do Poder e Machado de Assis: A Pirâmide e o Trapézio. Destacou ainda sua atuação como presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na década de 70, "transformada em front de resistência pacífica contra as arbitrariedades do regime militar", segundo Simon. Para o senador gaúcho, "Raymundo Faoro é considerado uma espécie de profeta porque, com base nas análises que fez da história do país, sempre acaba acertando na previsão dos fatos que estão pela frente".

Em relação a Celso Furtado, o senador peemedebista respaldou a análise sobre os efeitos da política de estabilização econômica adotada pelo Brasil após 1994. Na percepção de Furtado, relatada por Simon, essa estratégia ignorou a desigualdade social, apesar de favorecer a ampliação do consumo, e engendrou um avanço no endividamento externo de curto prazo. "Temos dito e repetido, inúmeras vezes, a mesma coisa da tribuna", comentou Simon, que já pleiteou uma homenagem do Senado aos 80 anos do economista.

18/12/2000

Agência Senado


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