Só 12,7% dos homens com sífilis procuram tratamento



Estudo é da Secretaria da Saúde com base em dados do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids

A grande maioria dos homens não leva a sério o tratamento de sífilis, doença sexualmente transmissível, mesmo após a detecção da doença pela parceira. É o que mostra levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde com base nos registros do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids entre os anos de 1998 e 2008.

Neste período, o Estado registrou 6.958 casos de sífilis congênita, quando a doença é transmitida durante a gestação da mãe para o filho. Do total de casos detectados, em apenas 12,7% dos registros os pais ou os parceiros sexuais das mães procuraram tratamento adequado para a doença.

Buscando atingir este público, o CRT/Aids está lançando uma campanha focada nos homens. São três tipos de cartazes que convidam os homens a fazer o teste de sífilis e conhecer um pouco mais sobre a doença. Em todo o Estado serão quase 50 mil cartazes espalhados por serviços de saúde e locais de grande circulação de pessoas.

“A sífilis congênita é uma doença totalmente evitável. Por isso, é muito importante que o homem faça o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Desta forma, além de mais saúde, o homem contribuí para a não disseminação da doença entre suas parceiras”, afirma Luiza Matida, coordenadora das ações para a redução da transmissão vertical do HIV e da sífilis.       

Doença A sífilis é uma doença infecciosa e sexualmente transmissível. É causada pela bactéria Treponema pallidum e manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam  inicialmente pequenas feridas nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas. Esses sintomas costumam aparecer de duas a três semanas após a relação sexual desprotegida com pessoas infectada, e é quando a doença é altamente transmissível.

Depois, a doença desaparece durante um longo período. A pessoa infectada não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados.

A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.

Caso a mulher infectada fique grávida neste período pode acontecer a transmissão da sífilis para o bebê. Neste caso a doença recebe o nome de sífilis congênita e pode ser evitada com o tratamento adequado durante o pré-natal.

Em 40% dos casos em que há gestação sem tratamento da doença há abortamento. Nos demais casos, o bebê pode apresentar seqüelas como retardo mental, surdez e deficiências visuais e dentárias.

Da Secretaria da Saúde



10/23/2008


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