SOUTO: ORÇAMENTO TEM BOAS NOTÍCIAS EM SANEAMENTO E PÉSSIMAS EM RODOVIAS

O senador Paulo Souto (PFL-BA) elogiou a previsão de investimento de verbas do Fundo de Pobreza em saneamento incluída na proposta de orçamento para 2001, o que segundo ele é a mais importante decisão tomada nos últimos anos com relação à Saúde no Brasil.pela previsão de que importantes recursos do Fundo de Pobreza deverão ser aplicados na área de saneamento. "Essa é a mais importante decisão tomada nos últimos com relação à saúde no Brasil", lembrando que, para cada real investido em saneamento são poupados no mínimo R$ 4 em saúde curativa.

Por outro lado, ele confessou "enorme decepção e desesperança" com o fato de que estão previstos apenas R$ 50 milhões de recursos para aplicação na recuperação e manutenção de rodovias federais na Bahia.

Para assegurar os recursos para saneamento, Souto apelou à Câmara pela aprovação urgente do Fundo da Pobreza, que será gerido pelo Ministério da Saúde. É esta fonte, acrescentou, que permitirá investimentos nas pequenas comunidades do país. Proposta do ministro da Saúde, José Serra, de que as empresas estatais que não dependem de recursos do Tesouro Nacional possam investir em saneamento, obteve o apoio de Paulo Souto, com a ressalva de que liberar essas empresas das medidas de controle do déficit público "não representa solução para todos os estados". A seu ver, apenas empresas como a paulista Sabesp, com mercado denso e alta capacidade de retorno de investimentos, poderão investir.

Quanto às rodovias federais, Souto afirmou e reafirmou que a declaração de sua desesperança em relação ao assunto não tem motivação partidária, mas que, como senador pela Bahia, não podia deixar de repercutir a decepção que predomina em seu estado. A Bahia, explicou, é um dos estados com grande malha rodoviária federal e, devido à falta de investimentos em recuperação e manutenção, tem arcado com o ônus de índices crescentes de acidentes, aos quais se somam o aumento dos assaltos - devido à lentidão forçada do tráfego - e dos preços dos fretes.

- Há mais de três anos perdura esse constrangimento - lamentou, apelando ao presidente da República e ao ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, para que se compadeçam da situação atual das rodovias federais que atravessam a Bahia.

26/10/2000

Agência Senado

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