Suassuna alerta para a necessidade de trabalhar com o novo presidente eleito, seja ele quem for
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) alerta para a necessidade de o Congresso trabalhar duro, mesmo antes da posse do novo presidente da República, seja ele quem for. Há matérias de relevância, prontas para serem votadas, que não precisam esperar pela posse do novo governo, como o Orçamento 2003 e a reforma do Judiciário, além de muitas medidas provisórias trancando a pauta da Câmara e que virão ao Senado, observou.
Para Suassuna, o trabalho dos congressistas não pode ficar ligado ao partido do novo presidente, nem a eventuais alianças partidárias.
- Vamos trabalhar pelo Brasil, que enfrenta problemas gigantescos e não pode esperar - disse.
Segundo o senador pela Paraíba, o governo Fernando Henrique deixará R$ 20 bilhões de "restos a pagar" e os assessores de Lula já avisam que o novo governo terá que cortar entre 15% e 30% nas despesas correntes diminuindo, mais ainda, o crescimento econômico do país. Dentro desse quadro, certamente o novo presidente pedirá a aprovação de projetos importantes que representem prioridades para fazer o país avançar, afirmou.
Legislação para coibir abusos do sistema financeiro como a veiculação de boataria para fazer o dólar avançar ou uma determinada ação cair, leis para impedir distorções do mercado - como o fato de um banco estrangeiro lucrar mais no Brasil do que em sua matriz - são alguns exemplos de como o Congresso pode contribuir para o Brasil avançar em matéria de proteção financeira do cidadão comum, explicou.
Ao finalizar seu pronunciamento, Suassuna citou o atual "caos urbano" como um problema sério que os novos governos estaduais e federal precisarão enfrentar com presteza.
- Uma legislação mais ágil, aprovada no Congresso, poderá dotar esses governos de instrumentos eficazes para combater a violência urbana. A oferta de novos empregos no campo pode representar um primeiro passo - disse Suassuna.
22/10/2002
Agência Senado
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