José Jorge alerta para necessidade de prevenir novo racionamento de energia



O senador José Jorge (PFL-PE) alertou nesta segunda-feira (4) para a necessidade, na sua opinião, inadiável, de dar continuidade ao processo de expansão da oferta de energia elétrica para colocá-la à altura da demanda nacional. Sem isso, acrescentou, o país poderá repetir a dolorosa experiência de crise de abastecimento, que levou ao racionamento do ano passado.

Segundo o senador, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já concedeu novas outorgas para investimentos em geração de energia totalizando cerca de 21 megawatts, que demandarão investimentos da ordem de R$ 35,4 bilhões. Como o Estado não dispõe desses recursos, será preciso estimular a atuação da iniciativa privada, sob pena de inviabilizar esse planos de expansão de oferta, observou.

Para José Jorge, que já foi ministro de Minas e Energia, a desverticalização e a redução do tamanho das empresas estatais de geração e transmissão de energia são tarefas inadiáveis para estimular a participação da iniciativa privada, mesmo que não se queira privatizar essas empresas. -O seu gigantismo lhes confere um poder de mercado que desestimula o investidor privado, de cujos recursos não podemos prescindir-, disse.

O Estado, de acordo com o senador, dadas as suas atuais restrições financeiras - o orçamento para 2003 contempla apenas R$ 7,2 bilhões para investimentos -, deve atuar somente de forma a complementar o esforço do setor privado, realizando as obras de interesse social que não despertem o interesse do investidor particular ou formando parcerias para alavancar obras estratégicas com boa possibilidade de remuneração.

Ele acredita que, a partir da crise do ano passado, foi possível construir bases seguras para o setor de energia elétrica, não apenas em termos de obras mas, sobretudo, do ponto de vista do despertar da consciência de toda a sociedade brasileira, -para que se possa estar sempre um passo à frente no que diz respeito ao abastecimento energético do Brasil-, observou.



04/11/2002

Agência Senado


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