SUASSUNA PEDE AGILIDADE NO COMBATE À SECA



A máquina administrativa federal precisa ser mais ágil nas ações de combate à seca no Nordeste, afirmou hoje (dia 27) o senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Ele elogiou as medidas anunciadas hoje pelo governo, lamentando, no entanto, que só tenham sido tomadas depois de o problema ter atingido contornos de calamidade pública.

- O governo anunciou a criação de frentes de trabalho, a distribuição de alimentos pelo Exército e ajuda financeira às regiões mais atingidas. Só que já faz 96 dias que eu vim ao Senado para alertar sobre a gravidade da situação - observou o senador paraibano.

Segundo Ney Suassuna, o quadro não é tão drástico na Paraíba devido ao empenho do governo do estado, que tem gasto R$ 10 milhões por mês no combate à seca. De acordo com Suassuna, a Paraíba já emprega 88 mil pessoas em frentes de trabalho. "Se não fizéssemos isso, estaríamos vivendo uma guerra civil", lamentou.

O senador Edison Lobão (PFL-MA) também criticou a lentidão do governo no combate à seca. Apesar de apoiar o presidente Fernando Henrique Cardoso, Lobão concorda "que o governo falhou neste ponto, pois a seca já era anunciada há mais de um ano". O senador Lauro Campos (PT-DF) elogiou os esforços do senador Suassuna no sentido de chamar a atenção das autoridades para o problema. Segundo ele, só agora os apelos do senador paraibano sensibilizaram a Presidência da República. "A fome é suprapartidária e solidariedade humana não é demagogia", afirmou.

Ney Suassuna defendeu ainda a adoção de medidas estruturais que resolvam definitivamente o problema da seca. O senador Djalma Bessa (PFL-BA) também acredita que a questão mereça propostas mais aprofundadas. "O problema não pode ser resolvido sem um estudo adequado, que leve em consideração inclusive o impacto ambiental", afirmou.



27/05/1998

Agência Senado


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