SUASSUNA ELOGIA AÇÕES DO GOVERNO DA PARAÍBA DE COMBATE À SECA
"Não fossem os esforços do governo do estado da Paraíba, milhares de famílias assoladas pela seca morreriam de fome", afirmou hoje (dia 29) o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) ao elogiar a estratégia de combate à seca do governador José Maranhão. Segundo Suassuna, o governo estadual se viu obrigado a agir em virtude da lentidão federal. "A burocracia governamental não acompanha com a mesma velocidade as decisões do presidente Fernando Henrique Cardoso, que já havia anunciado a liberação de recursos para as áreas mais atingidas do nordeste", explicou.
De acordo com Suassuna, o estado do Paraíba gasta por mês cerca de R$ 10 milhões, no atendimento a "centenas de milhares de pessoas". Segundo informou, os recursos estão sendo aplicados na criação de frentes de trabalho, treinamento de mão-de-obra e em obras que melhoram o abastecimento de água nas localidades mais atingidas. Suassuna citou a construção do canal de irrigação Curemas - Mãe D'Água, cujas obras deveriam demorar mais 160 dias, mas que serão entregues ainda esta semana.
- Além disso, o governo do estado quer fazer um plano das águas, retendo os rios da zona litorânea e, através de adutoras, levar a água a todo o estado - anunciou.
Para o senador, "a seca foi banalizada", apesar de dos seus efeitos ainda serem muito graves. Ele lamentou o pouco espaço que o tema vem merecendo na imprensa.
- A imprensa calou sobre a seca, mas ela não acabou. Ela continua e seu flagelo aumentou. Em muitos estados do nordeste somente teremos água no próximo ano - afirmou.
Reconhecendo os esforços de Suassuna diante do problema, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) relacionou a miséria, acarretada pela seca, ao aumento da prostituição infantil em estados do nordeste, conforme noticiou o jornal Folha de S. Paulo. Para ele, a adoção de programas de renda mínima associados à educação teriam efeitos preventivos para o combate aos efeitos da seca.
29/06/1998
Agência Senado
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