Suassuna quer saber qual versão de ACM é a verdadeira



Lembrando que a ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges, o senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) e o próprio senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) já haviam apresentado duas versões diferentes para a violação do painel eletrônico e para a existência de uma lista de votação, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) perguntou como saberia qual das versões de Antonio Carlos era a verdadeira. Ele também questionou a falta de providências por parte do ex-presidente do Senado para punir Regina após ouvir Arruda confessar que havia cometido uma ilegalidade e ter dialogado com a ex-diretora ao telefone. "Não podia ter demitido sem falar o motivo?", perguntou.

Antonio Carlos voltou a afirmar que negou a existência da lista para preservar o Senado e que resolveu contar tudo após a divulgação do laudo da Unicamp. Ele assinalou que Arruda não teve "qualquer sinal" dele para violar o painel e que, ao receber a lista, constatou que o papel não tinha timbre e que poderia ser apócrifa e falsa. Antonio Carlos elogiou o trabalho parlamentar de Arruda e disse que o fazia "num momento em que ele está abandonado por muita gente que não deveria abandoná-lo". Segundo o senador, após entregar a lista, Arruda pediu que a secretária Flávia Badaró telefonasse para Regina e, em seguida, passou o aparelho para que ele, Antonio Carlos falasse com ela.

O senador Roberto Saturnino (PSB-RJ) pediu um esclarecimento adicional a Antonio Carlos. Segundo ele, o senador havia dito que não se podia confiar na gravação feita no Ministério Público Federal (MPF), que o procurador Luiz Francisco é uma pessoa contraditória e que, por isso, não se podia confiar nele. Saturnino ressaltou que os outros dois procuradores, Guilherme Schelb e Eliana Torelli, confirmaram que Antonio Carlos disse ter a lista e que a senadora Heloísa Helena (PT-AL) havia votado contra a cassação de Luiz Estevão.

Segundo Antonio Carlos, o procurador Guilherme Schelb insistiu para que ele fosse ao MPF e não disse que Luiz Francisco estaria presente. Suassuna observou que essa era uma informação inusitada. Antonio Carlos reafirmou que Schelb sempre insistia na visita para tratar de assuntos da Procuradoria, como a falta de estrutura.

26/04/2001

Agência Senado


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