Subcomissão inicia série de audiências públicas com representantes de cidades-sede da Copa de 2014



Escolhida como uma das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014, Cuiabá (MT) está seguindo de maneira satisfatória o cronograma das obras e é o município cujos preparativos estão mais bem organizados. Essas garantias foram dadas nesta terça-feira (13) por dois representantes da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal - FIFA 2014 (Agecopa), órgão independente criado pelo governo mato-grossense para centralizar as ações preparatórias da capital Cuiabá para o evento esportivo. Eles também garantiram que a cidade será um exemplo de competência e modernidade como sede da Copa.

Essa foi a primeira de uma série de audiências públicas que a Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 programou com representantes de todas as 12 sedes do evento. A subcomissão funciona no âmbito da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Antes de dar a palavra aos convidados, o presidente da subcomissão, senador Blairo Maggi (PR-MT), explicou que o objetivo do colegiado é ajudar e facilitar o intercâmbio desses municípios e seus respectivos estados com o governo federal, com os órgãos públicos de financiamento e com os tribunais de conta para que o Brasil chegue em 2014 preparado para realizar um bom evento. Maggi foi o idealizador da criação da Agecopa, quando era governador do Mato Grosso, e ele explicou que seu objetivo foi criar uma entidade independente que deixasse de fora questões da política partidária do dia a dia, para que esses embates não prejudicassem os preparativos.

O diretor presidente da Agecopa, Yênes Jesus de Magalhães, informou que o Mato Grosso foi o único estado cuja capital será sede do evento a criar um órgão como a Agecopa. A iniciativa foi elogiada pela própria Federação Internacional de Futebol (Fifa) e vários outros estados brasileiros já planejam copiar o modelo, disse Yênes de Magalhães.

Ele explicou detalhadamente como está organizada a Agecopa, que conta com 28 programas diferentes gerenciados por seis diretores, envolvendo a construção da Arena Pantanal (o estádio), três centros de treinamento, fan parks (pontos de encontro e lazer para os torcedores) e obras de mobilidade urbana. Serão mais de R$ 781 milhões de investimentos apenas em 2011. A reforma do aeroporto ficará por conta do governo federal. Yênes garantiu que todas as atividades da Agecopa estão sendo acompanhadas em tempo real pelo Tribunal de Contas do Mato Grosso e são plenamente transparentes.

Os projetos preveem investimentos maciços em divulgação do estado e do evento, sustentabilidade ambiental, infraestrutura turística e qualificação profissional. Yênes disse que os recursos estão beneficiando diretamente mais de uma dezena de municípios em um raio de 200 quilômetros de Cuiabá. A Arena Pantanal, acrescentou o diretor, "é considerado o melhor projeto de arena do mundo" atualmente em andamento. Contará com pouco mais de 42 mil lugares e visibilidade considerada excelente pela Fifa em 55% deles.

As obras de mobilidade urbana terão mais de R$ 1 bilhão em investimentos e beneficiarão toda a região metropolitana de Cuiabá, disse Yênes. Ele garantiu que a Copa deixará legados para o estado nas áreas social, ambiental, esportiva, urbana e de promoção das potencialidades econômicas e belezas naturais.

Entretanto, Yênes reclamou do fato de as atividades da Agecopa estarem sendo atrasadas por excessivo rigor na fiscalização e exigências dos órgãos ambientais e de controle de contas.

- O prazo é curto, já temos as datas para os jogos e não há como mudar essas datas - disse o diretor-presidente da Agecopa.

Por sua vez, o diretor de Articulação Interinstitucional da Agecopa, Agripino Bonilha Filho, disse que a entidade está tendo sucesso em integrar os interesses e atividades do governo estadual e da Prefeitura de Cuiabá.

- Esta forma de organizar os projetos para a Copa permitiu essa integração e a harmonia dos trabalhos - disse Bonilha.

Ele também garantiu que a Copa deixará para o estado legados nas áreas de educação, saúde e segurança pública.

Além de Maggi, os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Jayme Campos (DEM-MT) também participaram da audiência pública. Também estavam presentes deputados e empresários do Mato Grosso. Uma das principais preocupações dos senadores foi em relação à reforma e ampliação do aeroporto de Cuiabá.

Ao final, Maggi explicou que, após ouvir cada uma das 12 cidades-sede, a subcomissão vai elaborar um relatório para ser analisado pelos demais senadores.



13/04/2011

Agência Senado


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