Sucessor de Barbalho será definido hoje



Sucessor de Barbalho será definido hoje O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse ontem que o nome do senador peemedebista que vai suceder a Jáder Barbalho (PMDB-PA) na presidência do Senado será definido hoje, em reunião da bancada do PMDB naquela casa do Congresso. Calheiros evitou assumir ostensivamente a candidatura ao cargo, alegando que seu papel de líder partidário o coloca na condição de conduzir o processo de escolha. "Se eu disser que sou candidato, estarei invertendo as posições ", alegou. Indagado se não teme vir a ser a "bola da vez", caso eleito presidente do Senado, como ocorreu com os dois últimos ocupantes do cargo, Calheiros respondeu: "Meu nome não está posto, nem como candidato nem como a bola da vez". Segundo ele, no entanto, o Senado precisa voltar à normalidade, e "investigação e normalidade não são excludentes". Em conversa com o presidente Fernando Henrique Cardoso,ontem, Renan Calheiros, obteve a garantia de que o Palácio do Planalto respeitará a decisão do partido para a presidência do Senado. Calheiros, no entanto, insiste em repetir que não está apresentando seu nome para concorrer à sucessão de Jáder. A candidatura dele foi acertada pela cúpula do PMDB."Meu nome não foi colocado na conversa, mas o presidente disse que não vai impor nenhum veto", afirmou Calheiros. Renan Calheiros chega hoje à noite a Brasília para uma reunião com os senadores. Programação do fórum mundial será lançada hoje A valorização de propostas e políticas para uma educação inclusiva será o desafio do Fórum Mundial de Educação (FME), cuja programação e identidade visual será lançará hoje, às 15h30min, na sede da Secretaria Municipal da Educação (Smed), em Porto Alegre, pelo secretário Eliezer Pacheco. Cerca de 15 mil participantes, entre educadores, intelectuais, estudantes, entidades e movimentos sociais, vão discutir a educação no mundo globalizado. Os debates serão nos dias 24 de outubro, às 20h, e 25, 26 e 27 pela manhã, no ginásio Gigantinho. Os 12 debates dos eixos temáticos ocorrem simultaneamente na tarde dia 25 de outubro em pontos centrais da Capital. O FME, cuja inspiração se deu durante a realização do Fórum Mundial Social, é organizado em quatro eixos temáticos: Educação como direito; Educação, tecnologia e trabalho; Educação e culturas; Educação, transformação e utopias. Serão priorizadas as experiências bem sucedidas na América Latina, África e Ásia. Até o momento, cerca de mil trabalhos foram inscritos. Entre os conferencistas internacionais confirmados, destacam-se o inglês Steve Stoer, da Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto (Portugal); os franceses Ignacio Ramonet, diretor da revista Le Monde Diplomatique, e Bernard Charlot, educador da Universidade de Saint Denis, em Paris, e a pesquisadora equatoriana Rosa María Torres. A coordenadora pedagógica da Smed, professora Jaqueline Moll, declara que o FME tem como desafio enfrentar e repelir a característica mercantil que está vem tomando conta do setor. Segundo ela, o fórum será uma oportunidade de se apresentar projetos educacionais de caráter social. Jaqueline cita o exemplo nas escolas de ensino fundamental de Porto Alegre, onde são ministradas disciplinas que educam para a paz. "Desde 1999, ensinamos às crianças a convivência com diferentes culturas", destaca. As inscrições para o FME podem ser feitas até o dia 23 de outubro, através do telefone (51) 3214-1946, ou pelo site www.forummundialdeeducação.com.br. O valor para participante individual é de R$ 35,00 e para delegado internacional é de R$ 70,00. Federasul propõe redução do ISSQN A redução imediata da alíquota do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) em Porto Alegre atrairá mais empregos e aumentará a taxa de crescimento da arrecadação. Estas são as principais conclusões do Estudo sobre o Comportamento do ISSQN, elaborado pela assessoria econômica da Federasul. Na Capital, é cobrada a alíquota máxima permitida pela Constituição, que é de 5%. O documento foi entregue ontem ao prefeito Tarso Genro pelo presidente em exercício da entidade, Ricardo Malcon, e prevê diminuição da alíquota para 4%. "A Capital está em desvantagem com relação às cidades próximas, cuja tributação é inferior", afirma o assessor econômico da Federasul, Paulo Barcellos Neto. Ele explica que algumas empresas deixaram a cidade para se instalar em municípios próximos e, assim, pagar menos impostos. "Isso acaba transferindo emprego e renda para outras localidades", destaca. O secretário municipal da Fazenda, José Eduardo Utzig, explica que algumas empresas se aproveitam das alíquotas reduzidas em determinados locais para criar sedes fictícias. "Eles se instalam onde é mais barato, mas realizam os serviços em outras cidades", afirma. Depois do corte imediato de um ponto percentual, a alíquota seria reduzida gradualmente até chegar a 2,5%, considerado o patamar ideal. Essa diminuição, no entanto, não afetaria a arrecadação, uma vez que, segundo Barcellos, em municípios próximos que cobram alíquotas inferiores o montante arrecadado vem crescendo a taxas superiores às da Capital. "Em Porto Alegre, com a alíquota de 5%, a arrecadação com o ISSQN teve um crescimento médio anual de 12,59%, enquanto em Viamão, onde a alíquota é de 4%, o incremento foi de 21,9%", exemplifica o economista. Com a redução do ISSQN, segundo o estudo, ficaria mais fácil captar empresas para Porto Alegre, já que esse tributo é um instrumento utilizado na guerra fiscal. "A atração de novas empresas reverteria em benefícios a toda rede econômica de Porto Alegre", enfatiza Malcon. O prefeito Tarso Genro acolheu a proposta da entidade, e garantiu que a administração municipal está aberta a sugestões. "Queremos discutir os tributos da cidade em conjunto com as entidades e setores econômicos da Capital", afirma. EUA sustenta bolsas e Bovespa fecha em alta As quedas recordes das bolsas norte-americanas não assustaram os investidores no resto do mundo. A Bovespa já havia precificado o comportamento negativo na reabertura dos negócios nos EUA e acabou apresentando ontem uma alta de 5,08%. O volume ficou bem acima da média, R$ 622 milhões. Na máxima, o índice chegou a subir 5,2%. "São dois eventos distintos, a queda do mercado norte-americano já estava mais que ajustada", destaca o vice-presidente da Associação Nacional dos Analistas do Mercado de Capitais (Abamec), Álvaro Bandeira. Os analistas atribuem a valorização das ações brasileiras ao pessimismo "exagerado" da semana passada, quando o Ibovespa despencou 18% e chegou a atingir, em dólar os patamares de 1994. "Havia a apreensão com a falta de referência nos EUA. Agora há a busca de equilíbrio nos preços, pois as ADRs brasileiras caíram menos", explica presidente da Abamec/Sul, Cody Pires. Ele lembra que a bolsa chegou a cair 25% desde o pico do mês. O índice Dow Jones, encerrou os negócios com a maior queda de sua história, 7,12%. O fechamento, de 8.921 pontos é o mais baixo desde dezembro de 1998. O Nasdaq caiu para a menor pontuação desde outubro de 1998, 1.579 pontos, redução de 6,83%. Já a bolsa de Nova Iorque despencou 7,13%, outro recorde histórico. O mercado esperava uma tragédia ainda maior, mas a blindagem realizada pelo governo norte-americano reduziu o problema. "O pânico diminuiu e amenizou as quedas", acredita o analista da Atrium Corretora, Marco Antônio Fiori. Mais de 70 empresas norte-americanas anunciaram que devem começar ou ampliar programas de recompra de ações para apoiar a economia dos EUA. As recompras têm como função recuperar os preços dos papéis, em queda. O comportamento da bolsa paulista ontem ainda não pode ser comemorado ou visto como tendência para os próximos dias e a volatilidade deve permanecer. Fiori acredita que não há muito espaço para a Bovespa cair, mas ressalta que no momento é difícil fazer alguma previsão. "O índice mostrou respeito no suporte de 9500 pontos", observa. As bolsas européias também se recuperaram das quedas da semana passada. Londres fechou em alta de 3,0%, com um volume de 1,8 bilhão de ações negociadas e Paris subiu 2,71%. Além do desempenho dos EUA superar as expectativas, os cortes nas taxas de juros pelo nos EUA e na zona do euro pelo Banco Central Europeu (BCE) colaboraram para a reação. Os mercados asiáticos ainda não refletiram uma melhora e abriram queda acentuada. O índice Nikkei, em Tóquio, fechou no menor nível desde dezembro de 1983, depois de cair cerca de 5%. Capacidade do Porto A transferência da operação de fertilizantes do centro para o terminal Navegantes e a chegada de um guindaste - do Porto de Santos - com capacidade de 40 mil toneladas vão otimizar a logística do porto da capital, aumentando em até três vezes a recepção de cargas. Segundo o superintendente de Portos e Hidrovias do Estado (SPH/RS), Luiz Carlos De Césaro, a média anual de movimentação de fertilizantes deve passar de 450 mil para 800 mil toneladas este ano. Com um investimento de R$ 2 milhões, esta é uma das operações que visam a melhoria da logística no Estado, discutida entre a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP/RS) e SPH/RS, na sexta-feira, em reunião na Fecomércio. "Estamos distantes dos grandes mercados consumidores. Temos que avançar na logística, potencializando as hidrovias", afirmou o presidente da ABTP nacional, Wilen Manteli. Ele acredita que a competitividade dos produtos gaúchos depende da redução de custos neste setor, por meio do barateamento dos transportes e da melhoria do sistema portuário. "O RS é o único estado que tem ligação por terra e por água ao seu terminal portuário. O empresariado tem que olhar para fora da fábrica e analisar novas alternativas", declarou. Conforme dados do setor, o impacto final da logística no preço dos produtos na América Latina chega a 35%. No Brasil é de 25% a 30%, mas nos EUA a faixa é de 10%. "Temos que debater com o governo a sua estratégia e a dos empresários, para unir interesses comuns", observou Manteli. A ABTP convidou o secretário estadual dos Transportes, Beto Albuquerque, a apresentar às iniciativas pública e privada alternativas que melhorem a eficiência dos portos de Porto Alegre e Rio Grande. O aumento do calado de 17 para 19 pés é prioridade para o porto, de acordo com De Césaro. "Ou aumentamos o calado ou o porto fecha", alertou, alegando que a maior parte da produção do Estado está na região Metropolitana e na Serra. Com 19 pés de calado, por exemplo, 800 mil toneladas de fertilizantes podem ser transportadas por 53 navios quando, por terra, são necessários 32 mil caminhões. Para o projeto são necessários R$ 30 milhões. De Césaro afirmou que já está em andamento a sinalização das hidrovias. A patir de outubro serão colocados 34 faroletes e cinco bóias luminosas para otimizar a navegação noturna, uma medida que pode reduzir em até 12 horas o tempo total de percurso de uma carga. Com a conclusão da licitação do terminal de contêineres e o andamento deste processo em outros terminais, como o de fertilizantes, o salineiro e o de carga geral, "cabe, a partir de agora, uma ação privada", declarou o superintendente. Também está em estudo pela SPH a área mais adequada para o entreposto de congelados. Artigos Porto Alegre C 15 Tarso Genro O ingresso de Porto Alegre no C 15 - grupo das quinze cidades mais influentes do mundo que fazem o contraponto a partir da ótica local ao G 8 - é produto de uma longa história. Ela não exclui nenhum dos partidos ou prefeitos que precederam os quase treze anos de administrações do PT e da Frente Popular na cidade. Pode-se dizer, no mínimo, que as características de alguns governos anteriores e seus programas de trabalho, ao mesmo tempo que agregaram algo de valor material ou político à cidade, também colaboraram - ao fazer valer, sinceramente, as suas posições - pelo contraste. A necessidade de contrastar nos obrigou a produzir, a partir dos nossos projetos locais, a nossa ação política em termos de relações regionais e globais. Quero salientar, porém sem deixar de reconhecer o que fez de positivo cada prefeito anterior aos nossos governos, um aspecto decisivo para o respeito amealhado por nós. Um respeito que nos permite, hoje, ser uma cidade com certa influência política mundial, nos assuntos que se vinculam, à questão democrática e ao protagonismo dos municípios, como novos sujeitos de uma relação internacional mais complexa do que há vinte anos. Nestas relações, as questões do "localismo" passam a ter extrema importância, porque quanto mais os problemas se globalizam, mais as cidades constituem-se como "pontos de partida" de reações humanizadoras contra o caos e a desordem neoliberal. Refiro-me ao Orçamento Participativo, como nova experimentação de democracia local, que, com os seus limites e grandezas, acertos e equívocos, é o projeto mais ousado e evoluído - reconhecido em todo o mundo - de combinação do controle público do Estado por "via direta" com a representação política estável e previsível, que não perde, com a existência da OP, nenhum dos seus poderes. Através dele construímos um "cartão-de-visita" da gestão local, que revaloriza o conceito de cidadania e abre espaços, na cena pública, para os que nunca tiveram, ou tiveram pouco poder de influir ou controlar as decisões de governo. Gostaria que os cidadãos de Porto Alegre, de todos os partidos, sem partido e de todas as correntes de opinião, fixassem os motivos dessa atenção mundial ao OP: ela vem do "déficit" democrático, que está evidenciando a democracia representativa, na era do capital financeiro globalizado. Sua dura força normativa, além dos juros altos, impõe políticas predatórias contra direitos sociais anteriormente conquistados, que não são substituídos nem adequados a uma nova situação histórica: são verdadeiramente arrasados, levando uma boa parte dos assalariados à angústia, à pobreza e ao desespero, e milhares de empreendedores à falta de confiança para investir e empreender. Ela, a democracia representativa, seguramente precisa ser renovada e acrescida de outras instituições de controle, de "baixo para cima", para enfrentar esta nova situação. Trata-se de um "déficit" que reduz a participação dos cidadãos, inclusive nas eleições, que torna as pessoas cada vez mais alheias aos assuntos públicos. Faz as pessoas odiarem a política e induz a ampla maioria ao pessimismo e ao isolamento das relações coletivas. As comunidades, nesta situação, deixam de acreditar na política, porque os mandatários - logo depois de eleitos - afastam-se dos seus compromissos programáticos. Muitas vezes inclusive porque não podem cumpri-los, mas sequer explicam aos eleitores os motivos do descumprimento. Nos chamados países do "primeiro mundo" e nas grandes cidades da América Latina, a experiência do OP é respeitada como uma tentativa de reagir contra o desencanto pela política e a ausência de solidariedade no tratamento das grandes questões públicas. A experiência é considerada, assim um elemento de "reavivamento" do espírito democrático, que está presente nas utopias modernas. Está também nas experiências de democracia comunitária, de origem americana, e na força do protagonismo cidadão que construiu a Revolução Francesa. É preciso compreender, portanto, que o reconhecimento mundial que adquirimos não é uma conquista partidária, mas uma moderna "vantagem comparativa", no plano da democracia, da cidade que todos nós construímos. Colunistas Cenário Político - Carlos Bastos Vitória da DS no PT é relativa A vitória da Democracia Socialista (DS) na eleição direta do PT gaúcho é relativa. Acontece que a vitória de Waldir Bohn Gass em Porto Alegre não é definitiva. Os números indicam que haverá uma disputa sensacional no segundo turno entre o candidato da DS e quem se confirmar no segundo turno: Adroaldo Corrêa, da Articulação de Esquerda, ou Adeli Sell, do PT Amplo. No Estado, David Stival obteve números expressivos, passando dos 40%, mas é certo que haverá segundo turno com Paulo Ferreira do PT Amplo. Na esfera nacional, a verdade é que Raul Pont, que teve grande inserção na mídia nacional nos últimos dias, acabou sendo superado pelo outro gaúcho, Júlio Quadros, da Articulação de Esquerda. E o atual presidente José Dirceu, candidato de Lula, acabou vencendo no primeiro turno. O grande triunfo da DS foi Pont ter ultrapassado os 50% dos votos no Rio Grande do Sul. Diversas Aqui no Estado, para obter um resultado expressivo, a DS teve de apoiar David Stival, da Articulação de Esquerda, que tem um discurso crítico quanto à política do partido no governo do Estado. É, por certo, uma vantagem do grupo que luta pela reeleição do governador Olívio Dutra, mas não é um fator decisivo para a disputa interna petista pelo Palácio Piratini. O candidato Paulo Ferreira, do PT Amplo, no segundo turno, deverá contar com o apoio certo da Rede, da tendência do deputado Marcos Rolim, do Movimento de Construção Socialista, da deputada Maria do Rosário, e de outros setores. Já o candidato vitorioso no primeiro turno, David Stival, da Articulação de Esquerda, apoiado pelo Palácio Piratini, agregará os votos da Ação Democrática, cujo candidato Marcelino Pies teve excelente desempenho, beirando os 20% dos votos. O governador Olívio Dutra e o vice-presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, abrem hoje às 19h, no auditório da Assembléia, o ciclo de debates do 10º Congresso do PCdoB "Um novo rumo para o Brasil". Vereador Haroldo de Souza, de Porto Alegre, que está deixando o PTB, vai acabar optando pelo Partido Humanista da Solidariedade, do deputado federal Roberto Argenta. PPS e PDT também se esforçam para conseguir sua adesão. A Executiva Nacional do PSB, reunida ontem em Belo Horizonte, decidiu referendar o convite do diretório gaúcho ao vereador José Fortunati para que ingresse em suas fileiras. A decisão conta com as simpatias do governador Anthony Garotinho. O PPB realizará seu último debate entre os candidatos às prévias do domingo dia 23, sexta-feira, em Gramado. Lá estarão Celso Bernardi e Fetter Junior. Última Quando Sérgio Zambiasi (PTB), presidente da Assembléia, conversava com Leonel Brizola em seu apartamento no Rio, ontem, o ex-governador recebeu carta do governador mineiro Itamar Franco, informando que permanecerá no seu partido, o PMDB. Brizola vai discutir com seu partido o apoio a Ciro Gomes, que esta noite estará em Porto Alegre, no Clube Farrapos, participando do jantar de aniversário de Zambiasi. Começo de Conversa - Fernando Albrecht Golpe novo Um novo golpe usando o nome do antigo Montepio da Família Militar (MFM) está sendo aplicado. Senhoras de idade e pensionistas de militares estão sendo contatadas por alguém que pede um depósito de R$ 1,8 mil em um banco para receber R$ 55 mil de indenização. Uma delas desconfiou e, investiga daqui e dali, descobriu que o telefonema vinha de Fortaleza de alguém se dizendo coronel. Frio, por sinal. As autoridades policiais do Ceará já estão investigando o caso a partir do número do telefone. Começou mal Funcionários e lojistas que trabalham no novo terminal do aeroporto tiveram prejuízos nos últimos dias, quando seus carros estacionados na área foram vítimas de furtos. As vítimas creditam isso às vilas da vizinhança. Aliás, o mercado imobiliário comenta a possível compra, pela prefeitura, de uma área de 32 hectares no Sarandi, para onde seriam transferidos o pessoal da Vila Dique e talvez das vilas ao longo da Castelo Branco/Free-way. Nova anistia.... Está por ser assinada uma Medida Provisória dispondo sobre indenizações a presos políticos dos anos do regime militar, o que muitos dos beneficiados consideram como sendo realmente uma anistia de fato, não a assinada em 1979. Por ela, o período em que alguém esteve preso, mesmo por crimes de terrorismo, passa a contar em dobro para aposentadorias. Mais ainda, uma indenização ainda não fixada será paga a todos, parece que da ordem de 100 salários mínimos. ...e aposentadoria Um professor universitário que buscou informações junto à Casa Militar do Planalto para estes fins estranhou que a papelada com seu histórico de prisões tivesse vindo com detalhes após a abertura, ocorrida no início dos anos 80. No seu caso, vieram informações detalhadas como local e data de participação até em comícios ou atos de partidos políticos legalmente constituídos, isso até 1989. A folga parlamentar Os atentados terroristas ofuscaram outros assuntos de interesse público, caso do tempo de recesso da Câmara Municipal, hoje com fartos três meses de folga durante o ano. Semana passada o plenário da Câmara rejeitou por 21 votos a 5 (votos dos vereadores Cassiá Carpes (PTB), João Dib (PPB), Beto Moesch (PPB), João Carlos Nedel (PPB) e Adeli Sell (PT), em primeiro turno, a tentativa de redução do período do recesso parlamentar. Os edis tem dois meses no verão e um no inverno para ou por que? Os deputados federais e senadores têm como desculpa as visitas à famosas bases. No caso dos vereadores, não se justifica este tempo todo de folga. No limite Terá lugar hoje uma reunião decisiva na Ufrgs sobre o cancelamento ou não do segundo semestre deste ano. Por enquanto, a situação está no limite, porque janeiro e fevereiro de 2002 já estão comprometidos. Mais um pouco e os cursos entram em março e aí o jogo embola de vez. O pior é que a greve é inútil e o aumento não virá. Azar dos universitários. Sem conselho Os hospitais filantrópicos tiveram uma importante vitória judicial na questão dos conselhos gestores. O 1º Grupo Cível do TJ ratificou por unanimidade (11 a 0) liminar do desembargador Élvio Schuch Pinto e reconheceu a ilegalidade da resolução do Conselho Estadual de Saúde que determinava a criação dos Conselhos Gestores nos hospitais prestadores de serviços ao SUS. De volta Bira Valdez está de volta aos pampas depois de oito meses na direção da Band News, no Canal 21. Bira já reassumiu seu posto na direção da Bandeirantes para o Rio Grande do Sul, mas ainda prestará alguma assessoria final para a Band News. Mário Petek, que havia assumido seu lugar, deixa a empresa e talvez abra um negócio próprio para o mercado publicitário. O Clone Como é que a Globo vai sair do enrosco da próxima novela das oito é que são elas. O Clone, cujas cenas externas dos capítulos iniciais já foram rodados em países muçulmanos, versa em torno de temas árabes e seu relacionamento familiar e social. Só se a Globo transformar limão em limonada. Caiu na rede A Rede, corrente de Tarso Genro, festeja o segundo turno e conquista histórica em São Leopoldo, berço da Democracia Socialista de lideranças como o vice-governador Miguel Rossetto e do deputado Ronaldo Zülke. O candidato Nestor Schwertner, da DS fez 373 votos e Augusto Dalcin, da Rede, somou 197. Miúdas João Satt Filho, da Competence, está em Frankfurt para a convenção mundial das agências que operam com a VW. Presidente da Açominas, Luiz Vicente, faz palestra na reunião-almoço de amanhã na Associação do Aço. É hoje às 20h, no Sheraton, o Festival Gastronômico Tailandês, com apoio da embaixada tailandesa. Médico Denis Martinez, do Laboratório do Sono, lança breve livro com dicas de como dormir bem. Hoje a AGCR e Fundação Thiago de Moraes Gonzaga firmam protocolo que visam humanizar o trânsito. Unimed Porto Alegre está lançando um serviço de atendimento exclusivo aos pequenos empreendedores. Crianças Lesadas (AGE), de Daniela Sallet e Christina Krueger Marx, será lançado dia 26. Sesi participa do XIV Congresso sobre Alcoolismo, Tabagismo e Outras Dependências, amanhã no Serrano de Gramado. Conexão Brasília - Adão Oliveira Hoje, à noite, no salão azul do Hotel Nacional, em Brasília, o ministro Pratini de Moraes, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estará fazendo uma palestra sobre o agronegócio para mais de 500 pessoas. O encontro está sendo promovido pelo diretório regional do PPB e servirá de pano de fundo para o lançamento do nome do ministro como candidato à presidência da República. A ala paulista do PPB, que manda no partido, achou a idéia interessante. Todos consideram Pratini de Moraes "um grande nome". Se decolar a candidatura, o ministro deixa o governo em dezembro. Protestos O movimento que os sindicalistas gaúchos fizeram contra o ministro Almir Pazzianotto no Hotel Deville, em Porto Alegre, não será um fato isolado na vida do presidente do TST. Ontem, em Curitiba, ele experimentou, mais uma vez, a experiência de ser vaiado. Foi na festa de aniversário do TRT do Paraná. Ele foi acusado de ser agente do neoliberalismo de Fernando Henrique na maior corte do trabalho do País. Resposta Almir Pazzianotto, com ironia, respondeu duramente aos sindicalistas, dizendo que eles levam vantagem do sistema corporativista fascista de Benito Mussolini, vivendo de contribuições compulsórias. Para quem não sabe, quando surgiram os primeiros movimentos sindicalistas liderados pelo então metalúrgico Lula, Almir Pazzianotto era seu advogado. E batia duro na ditadura. Hoje, nem se falam. Acampamento Já estão acampados em barracas de lona no gramado em frente da Esplanada dos Ministérios os quarenta cavaleiros que sairam de Passo Fundo e, depois de percorrer mais de mil e oitocentos quilômetros, chegaram a Brasília. Os gaúchos, comandados por Celso Souza Soares, querem entregar ao presidente da República um manifesto em favor da produção primária. Estão chegando manifestantes de vários pontos do Brasil para integrar o movimento. Jáder O senador Jáder Barbalho assume a tribuna hoje à tarde para renunciar à presidência do Senado. Vai sair atirando. Sobrará para Pedro Simon e o ex-senador Antônio Carlos Magalhães. Uma hora depois a bancada do PMDB se reunirá para escolher o seu sucessor. Está tudo certo para Renan Calheiros ser esse nome. Mas, os senadores José Fogaça e José Alencar também querem o cargo. Fogaça O senador José Fogaça confirmou a seus companheiros de bancada no Senado que é candidato à presidência da Casa. O PMDB, por sua cúpula, está articulando a candidatura de Renan Calheiros, um dos senadores mais chegados a Jáder Barbalho, que ainda manda muito na Casa. Mas, Calheiros, se for eleito, vai colocar o "alvo nas costas". E o ex-collorido tem janela de vidro... Insistente O ministro Paulo Renato, da Ecucação,insiste em ser o candidato do PSDB à sucessão de Fernando Henrique. Ele é amigo do Presidente, mas daí a ser o candidato de sua preferência, tem uma distância enorme. O ministro anda consultando a elite pensante do País. Ele quer assinar artigos pela imprensa propondo saídas para o Brasil. Editorial Guerra santa para estabilizar a economia Se existe uma guerra mais do que santa no momento e que interessa, diretamente, ao Brasil, é aquela para estabilizar a economia. É incrível como um ano que começou sob os melhores augúrios, com indicadores de bons a muito bons para o País, tenha virado de cabeça para baixo. Uma semana após os atentados em Nova Iorque e Washington, o mundo está de olho em duas variáveis que balizarão o resto do ano, a Bolsa de Wall Street, que reabriu relativamente normal, e de que maneira os EUA conseguirão chegar a Osama bin Laden, nas montanhas do Afeganistão, primeiro bombardeando, implacavelmente, a região e, depois, promovendo o emprego de tropas especiais para vasculhar caverna por caverna, aumentando os riscos de grandes baixas, o medo dos militares ianques desde a desastrada guerra do Vietnã. Os mercados asiáticos, especialmente o do Japão, segunda maior economia do planeta, desabaram ontem. O Índice Nikkei fechou com sua pior queda desde 1984. Os reflexos para os países em desenvolvimento são terríveis, começando pelo dólar, cuja escalada, malgrado as intervenções diárias do BC, continua. Aqui ao lado, o indecifrável Domingo Cavallo não ajuda, insistindo numa grotesca, para um economista que dialoga há anos com as autoridades brasileiras, principalmente Pedro Malan e Armínio Fraga, teoria de que a desvalorização do real é política de governo. Ora, em um regime de câmbio flutuante é assim mesmo que funciona, tanto baixa como sobe. Talvez a inclusão do real na cesta de moedas acalme o ministro, haverá sobretaxa para quem importar do Brasil e bônus aos exportadores, algo na faixa dos 10% a 15%. Para nosso azar, a sucessão incrível de acontecimentos externos tem abalado os fundamentos macroeconômicos brasileiros. Como estamos à mercê dos investimentos estrangeiros para fechar o déficit em conta corrente, estimado em US$ 26 bilhões, é por aí que a fragilidade aumenta. O presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu as lideranças militares, mais os representantes de todos os partidos no Congresso, para ouvir opiniões e participar decisões. Está certo, além do que os norte-americanos estão por demais feridos e impõem a idéia de que "quem não apóia é inimigo", sem meio-termo. E está na hora mesmo do Brasil escancarar de que lado está, deixando a retórica e as manifestações meramente formais, adiando comprometimentos fortes. Mas, não vamos agir como os argentinos, que insistiram, ridiculamente, em fazer parte da Otan, uma aliança estratégica na Europa, e que enviaram belonaves à Guerra do Golfo, desnecessariamente. No entanto, agora há uma guerra santa, que será demorada, contra o terrorismo que não livra nenhum país. Na Espanha, na Colômbia, em Buenos Aires, em Istambul e, finalmente, o terrível atentado simultâneo em Nova Iorque e Washington. Estamos nos segurando em termos econômicos e o Comitê de Política Econômica, Copom, não pode manter, amanhã, a Taxa Selic nos irritantes 19%. O ideal seria uma baixa, mesmo que simbólica, de 0,25%, acompanhando, aliás, o Federal Reserve, o BC da Europa e o Canadá, que diminuíram suas taxas. Afastaria o desânimo que toma conta da maioria dos setores empresariais, com reflexos negativos sobre a população. O consolo que resta é a reestimativa na balança comercial, que de déficit passou para superávit de até US$ 1 bilhão, pequeno alento. Definitivamente, este 2001 está comprometido muito além do que se esperava, e tudo por motivos alheios ao governo, nos três níveis. No último trimestre, vamos arrumar a casa e nos precaver para 2002, esta a alternativa sensata. Topo da página

09/18/2001


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