Suplicy cita modelo de crescimento da China para sugerir redução da taxa Selic



Ao relatar aspectos de recente viagem que fez à China, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ser possível que a economia de um país cresça a taxas excepcionais sem que a inflação dispare. O parlamentar disse que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 10,7% ano passado, contra uma inflação de 1,5%. Já o PIB brasileiro aumentou em 2,7%, enquanto a inflação atingiu 3,14%.

- Na China está sendo perfeitamente possível compatibilizar extraordinária taxa de crescimento da economia com estabilidade de preços. Será, portanto, que não está sendo prudente demais a orientação dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária), dos diretores do Banco Central? Será que não estão percebendo que é possível compatibilizar uma taxa de juros menor do que a de 13%, a última definida como taxa básica de juros? - indagou Suplicy, lembrando que a taxa de juros chinesa ficou, na média de 2006, em 2,3%.

O representante paulista lembrou que a China tinha um PIB per capita equivalente a 34% do brasileiro. No período de 1975 a 2004, o PIB per capita chinês cresceu 8,4% ao ano, enquanto o brasileiro aumentou anualmente 0,7%. Como resultado, o PIB per capita chinês chegou a 43% do brasileiro.

Suplicy também destacou o excelente desempenho do comércio exterior chinês, cujas exportações, em 2005, alcançaram US$ 762 bilhões, enquanto as exportações brasileiras foram de US$ 118 bilhões. As importações chinesas em 2005 foram de US$ 628 bilhões; contra US$ 73,5 bilhões importados pelo Brasil. Assim, as reservas internacionais da China ultrapassam US$1 trilhão, enquanto as brasileiras estão próximas de US$ 100 bilhões.



22/02/2007

Agência Senado


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