Adelmir Santana pede crédito para micro e pequenos empresários e redução da taxa Selic



Ao citar dados que apontam para o avanço da crise sobre diversos setores da economia mundial e da economia do país, o senador Adelmir Santana (DEM-DF), em pronunciamento nesta quinta-feira (26), pediu atenção especial às micro e pequenas empresas - cerca de 90% das empresas brasileiras, segundo pontuou. De acordo com o parlamentar, esse setor vem sofrendo com a falta de crédito e com as elevadas taxas de juros.

Adelmir Santana disse que, apesar dos limites de créditos especiais abertos nos bancos oficiais, esses recursos, além de caros, não chegam a quem mais necessita deles. Ele lamentou que as taxas para concessão de crédito continuem altas, apesar da liberação, pelo governo federal, dos R$ 100 bilhões dos depósitos compulsórios, a fim de que os bancos pudessem flexibilizar suas operações.

- O que vemos é uma discussão sem sucesso sobre spreads e exigências irreais, com pedido de garantias reais de até 130% a empresários de todos os portes, afastando-os do acesso às linhas de crédito. As pequenas empresas, se tivessem condições de oferecer garantias reais dessa monta, certamente não necessitariam de crédito - afirmou o senador.

A esperança para os pequenos, disse Adelmir Santana, é a redução da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, fixada pelo Banco Central. No entanto, ele considera "tímida" a esperada redução para 11,75% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deverá ser realizada em março. Atualmente, a taxa Selic está fixada em 12,75%.

O senador também relatou conversa que teve no início do mês com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando lamentou que grande parte dos recursos disponíveis no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tenham sido destinados prioritariamente para grandes empresas, como a Vale e a Petrobras.

Adelmir Santana também fez menção à demissão de 4.200 funcionários pela Embraer, na semana passada, em decorrência da queda da produção.

- Lamentar as perdas de emprego na Embraer é justo e necessário, mas o Brasil tem um caminho aberto à sua frente para garantir a dinâmica do mercado interno - e este caminho está nos principais empregadores do país, aqueles localizados nas empresas de menor porte, muitas delas de cunho familiar - disse.



26/02/2009

Agência Senado


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