Suplicy debate com tucanos eleições municipais de São Paulo e defende prévias partidárias




A demora do ex-governador José Serra em lançar-se como candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo foi o mote para debate e provocações bem humoradas entre os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Alvaro Dias (PSDB-PR) em Plenário. O petista apresentou charge de Jean Galvão publicada na edição desta quinta-feira (16) da Folha de S. Paulo na qual Serra aparece indeciso em relação a que caminho tomar e acaba batendo em um poste.

- Mas o importante é que a população de São Paulo possa escolher de forma democrática - disse Suplicy.

Aloysio Nunes respondeu à provocação com uma ironia. Segundo ele, foi Suplicy quem bateu em um poste - "um poste chamado Lula", ao ter sido preterido, por desejo do ex-presidente em seu desejo de governar a capital paulista. Alvaro Dias disse que no PT as escolhas são feitas apenas de acordo com a vontade de Lula. Sobre Serra, disse entender que a decisão já foi tomada, faltando apenas o anúncio.

- Eu pessoalmente não sei, mas ele [Serra] certamente já sabe. Será muito bom para São Paulo se ele decidir ser candidato a prefeito. Serra foi muito bom prefeito para São Paulo atingindo índices de aprovação recordes e como governador também. São Paulo ganharia muito com a candidatura dele, que será anunciada em momento oportuno - disse.

Os senadores concordaram, porém, em relação à adoção de prévias eleitorais partidárias para a escolha de seus candidatos. Suplicy defendeu o sistema do Partido Socialista francês que abre a escolha a qualquer cidadão que seja simpatizante das bandeiras defendidas pela agremiação. A sugestão foi dada à Executiva Nacional do PT, porém, o presidente do partido, Rui Falcão, respondeu que sua adoção só seria possível nas próximas eleições. Em relação à escolha do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, Suplicy disse ter desistido das prévias somente após ter ouvido dele o compromisso de encampar sua bandeira de implantação na cidade da renda básica de cidadania.

Mensalão

No mesmo pronunciamento, Suplicy leu artigo publicado na Folha de S. Paulo,no qual os advogados José de Oliveira e Rodrigo del'Áqua negam que haja manobras protelatórias no julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do caso do Mensalão, cuja prescrição ocorre em 2015.



16/02/2012

Agência Senado


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