Suplicy diz que há tempo para negociar salário mínimo maior antes da votação da matéria no Senado
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse estar convicto de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe econômica manterão um "diálogo racional" com os senadores destinado a encontrar uma alternativa para que o aumento do salário mínimo seja maior do que R$ 20, que resultou no valor de R$ 260 proposto pelo Executivo. A medida provisória (MP) que fixa o valor do novo salário mínimo já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e deverá ser submetida à votação do Plenário do Senado antes do recesso parlamentar de julho.
Eduardo Suplicy entende que as autoridades econômicas e o ministro da Previdência Social, Amir Lando, devem ouvir e analisar todos os argumentos dos senadores sobre as propostas que elevam o valor do salário mínimo. Em contrapartida, observou, o governo tem que usar de os argumentos necessários para tentar convencer que R$ 260 é o limite que pode ser concedido. Por isso, classificou de importante a audiência pública a ser realizada na próxima semana pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que, com a presença dos ministros da área econômica, irá debater o reajuste do salário mínimo.
Eduardo Suplicy aproveitou a oportunidade para sugerir ao presidente Lula que antecipe a meta de extensão do programa Bolsa-Família para 2005 e não para 2006 como está previsto. Para o senador, a decisão representaria "um passo ousado" no sentido de erradicar a fome e a pobreza no país. O programa, que engloba ações na área de saúde, educação e segurança alimentar, se destinada a atender 11,4 milhões de famílias com renda familiar mensal per capita de até R$ 100.
O senador por São Paulo também leu trechos da conferência proferida por Lula na Universidade de Pequim, durante viagem à China, na qual abordou as políticas do governo colocadas em prática para combater a pobreza em todo o país, entre as quais o programa Bolsa-Família.
04/06/2004
Agência Senado
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