Suplicy enumera sugestões para ampliar crescimento da economia do país
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem todas as condições de conduzir o país a um processo de crescimento compatível com o potencial da economia brasileira e as esperanças da população, fazendo jus à sua promessa de que o nome do seu segundo mandato será desenvolvimento". A afirmação foi feita pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que, da tribuna do Plenário enumerou uma série de sugestões visando um crescimento mais expressivo da economia brasileira.
Na avaliação do senador, há espaço para o governo utilizar os instrumentos básicos da política econômica (a política fiscal, a política de moeda e de crédito, a política cambial e a política de comércio exterior) na busca de um maior desenvolvimento para o país. Ele acrescentou que é possível conciliar crescimento com a preservação do que já foi conquistado até agora no combate à inflação.
O estímulo ao crescimento, segundo Suplicy, depende mais, na atual conjuntura, de uma mudança na política monetária do que na política fiscal. Ele observou que parece estar havendo um excesso de restrição de dinheiro e de crédito que está prejudicando a economia. O senador destacou que a taxa básica de juros fixada pelo Banco Central continua elevada, apesar das recentes diminuições.
- Os instrumentos à disposição do Banco Central poderiam, a meu ver, ser utilizados de forma mais eficiente e mais flexível. O ritmo da diminuição da taxa básica de juros poderia ser acelerado para que, ao longo do próximo ano, a taxa real de curto prazo praticada no Brasil se aproxime das que se observam no resto do mundo - disse Suplicy.
Em aparte, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) sugeriu ao governo que seja criado um tipo de quarentena que impeça aos grandes exportadores internalizarem de imediato os dólares obtidos com o resultado de suas vendas no exterior. Ele previu que a medida poderá provocar uma desvalorização do real frente à moeda norte-americana, facilitando o crescimento das exportações brasileiras.
Já o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) propôs que nas próximas sessões do Senado outros temas sejam debatidos, como a questão do fim dos incentivos fiscais e a aprovação, pela Câmara, da reforma tributária. Ele também disse ter ficado preocupado com comentários que ouviu no sentido de que poderia haver uma renegociação da dívida que os estados mantém com a União e uma possível flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal.14/11/2006
Agência Senado
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