Suplicy homenageia cartunista Glauco Villas Boas, assassinado no fim de semana



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lamentou nesta segunda-feira (15) a morte do cartunista Glauco Villas Boas, 53, e de seu filho, Raoni, 25, assassinados na madrugada de sábado (13), em São Paulo, em sua residência. O parlamentar relembrou a trajetória profissional do artista e citou manifestações de pesar de amigos, colegas e admiradores do criador de personagens como Geraldão, Geraldinho, Dona Marta, Casal Neuras, Netão, Zé do Apocalipse, Edmar Bergman, Doy Jorge, Zé Malaria, Ficadinha, Faquinha, Nojinsk, Ozetês.

De acordo com o requerimento de pesar apresentado por Suplicy - e assinado também pelos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Paulo Paim (PT-RS) -, Glauco, natural de Jandaia do Sul (PR), publicou sua primeira charge no jornal Diário da Manhã, na década de 70. Em 1976, foi premiado no Salão de Humor de Piracicaba, o que lhe abriu as portas da grande imprensa.

- A partir de 1977, iniciou sua colaboração com a Folha de São Paulo, no momento em que o humor vivia o conflito entre a militância e a contestação da esquerda. Ele reduzia a República a seus elementos mais infantis, para revelar o nonsense de engravatados e congêneres - disse o senador.

Glauco, como pontuou Suplicy, também era músico - tocava em bandas de rock - e líder religioso. Fundou em São Paulo, ao lado da mulher, Bia, e dos filhos, a igreja Céu de Maria, seguidora dos princípios do Santo Daime.

O senador leu depoimentos de cartunistas como Maurício de Sousa, Ziraldo, Chico Caruso, Laerte e Angeli - os dois últimos compunham com Glauco o trio conhecido no mundo dos quadrinhos como Los Tres Amigos.

- Como disse Rita Lee, o mundo agora vai ficar mais triste: 'sem as tirinhas do Glauco a gente vai rir menos, pois los tres amigos ficam desfalcados'... - citou Suplicy.

Glauco e seu filho Raoni foram mortos a tiros por Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, conhecido da família e ex-frequentador da igreja Céu de Maria. O jovem confessou os crimes ao ser interceptado pela polícia quando tentava fugir para o Paraguai.

Em apartes, os senadores Cristovam Buarque e Paulo Paim se associaram à manifestação de pesar. Cristovam lembrou as centenas de milhares de pessoas que perderam a vida vítimas de armas de fogo no país, e fez um apelo pelo desarmamento. Já o senador Paulo Paim pediu que os jovens se afastem das drogas (supostamente, o assassino estaria sob o efeito delas).



15/03/2010

Agência Senado


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