Suplicy manifesta pesar pela morte de trabalhadores sem terra em MG



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) manifestou seu pesar pela morte de cinco trabalhadores sem terra no município mineiro de Felizburgo. Outros 13 trabalhadores ficaram feridos por arma de fogo. Ele lembrou que o principal suspeito, o proprietário da propriedade onde houve o confronto, Adriano Chafik Luedy, encontra-se foragido.

O parlamentar elogiou a iniciativa do presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CMPI) sobre conflitos agrários, senador Alvaro Dias (PSDB-PR), de ouvir na próxima quinta-feira (25) o secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda. As agências de notícias publicaram nesta terça-feira (23) entrevista de Nilmário dizendo não ter dúvidas da participação do fazendeiro no crime. Suplicy pediu a apuração completa da responsabilidade.

Suplicy disse esperar que a CPMI possa colaborar para uma realização mais rápida da reforma agrária, o que diminuiria a desigualdade e a má distribuição de renda no país. O senador quer ainda ver esclarecido o episódio do vazamento à imprensa da documentação reservada que Alvaro Dias encaminhou aos membros da comissão.

O senador pediu ainda um melhor entendimento entre a oposição e a base do governo no Congresso para que sejam discutidas e aperfeiçoadas diversas matérias, entre elas a que trata das Parcerias Público-Privadas (PPP). Citando nominalmente o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), e do PFL, José Agripino (RN), pediu que todos os senadores possam cumprir o objetivo de aprimorar os projetos e dar continuidade ao "trabalho exemplar" do Senado nas últimas semanas, quando foi votada, inclusive, a reforma do Judiciário. Pediu também o apoio da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) e de Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

Em aparte, o senador Antonio Carlos Valadares afirmou que o Congresso jamais poderá cumprir seu papel de forma permanente e coerente se não houver uma reforma constitucional que torne extintas as medidas provisórias (MPs) ou tornem mais rápida sua tramitação. Já Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que 95% das MPs poderiam ser rejeitadas por falta de urgência e relevância, pré-requisitos constitucionais para sua admissão no Congresso. Por fim, a senadora Heloísa Helena afirmou que Suplicy, ao lado de Lauro Campos, foi o parlamentar que mais a ensinou no Congresso Nacional, levando a ela "a essência da democracia e do respeito".

No mesmo pronunciamento, Suplicy ainda defendeu a atuação, no governo, de Ana Maria Medeiros da Fonseca, demitida no último dia 19 do cargo de secretária-executiva do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O senador disse ter conhecido Ana Fonseca na defesa de sua tese de doutoramento na Universidade de São Paulo, sobre programas de renda mínima. Ele sugeriu que ela fizesse parte da equipe da então prefeita eleita Marta Suplicy.

Ana Fonseca foi depois convidada pelo hoje ministro Antonio Palocci para fazer parte da equipe de transição e acabou no governo, como secretária do programa Bolsa Família e depois secretária-executiva do ministério, resultante da unificação da Secretaria Especial de Combate à Fome e do Ministério da Ação Social.



23/11/2004

Agência Senado


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